ChatGPT, da OpenAI, passará a ser utilizado para a criação de aulas virtuais em escolas da rede estadual de São Paulo. A decisão é do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e passa a valer a partir do 3º bimestre deste ano.

Leia mais

ChatGPT será professor?

Hoje, o material didático é produzido por professores curriculistas (especialistas na elaboração desse tipo de conteúdo). Com a mudança, esses profissionais passarão a “avaliar a aula gerada [pela inteligência artificial] e realizar os ajustes necessários para que ela se adeque aos padrões pedagógicos”.

A orientação enviada aos docentes afirma que a ferramenta de IA vai gerar a “primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria”. Os professores serão responsáveis por editar o material e encaminhar para uma equipe interna da secretaria, que fará a revisão final de aspectos linguísticos e formatação.

Em nota, a Secretaria de Educação confirmou que planeja testar o uso do ChatGPT para produzir as aulas digitais do terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e do ensino médio. Segundo a pasta, a ferramenta vai ser usada para melhorar o que foi elaborado anteriormente pelos professores.

Ainda segundo a secretaria, a IA será configurada para gerar as aulas, usando como referência o que foi produzido pela equipe nos últimos meses, além do material didático de outros autores. As informações são da Folha de São Paulo.

ChatGPT
ChatGPT passará a ser utilizado para a criação de aulas virtuais em escolas da rede estadual de São Paulo (Imagem: photosince/Shutterstock)

Ideia é agilizar a produção das aulas

  • A decisão de usar o Chat GPT foi do próprio secretário de Educação, Renato Feder.
  • O objetivo é agilizar a produção do material didático que é usado pelos 3,5 milhões de alunos da rede estadual paulista.
  • Até o segundo bimestre deste ano, os professores tinham que entregar quatro aulas por semana.
  • Com o uso da ferramenta, eles passam a ter que entregar três aulas a cada dois dias úteis.
  • As aulas digitais passaram a ser produzidas e distribuídas para as escolas no ano passado.
  • O secretário defende que o material produzido sob sua orientação é mais adequado para orientar as aulas, já que prioriza os conteúdos que são cobrados em avaliações nacionais.
  • Segundo a Secretaria de Educação, o processo de fluxo editorial com o uso do ChatGPT “ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação.
  • Ainda de acordo com o governo paulista, a equipe de produção dos materiais conta com 90 professores curriculistas.
  • Não foi informado se o uso da tecnologia pode substituir os profissionais no futuro.

O post ChatGPT vai substituir professores na produção de aulas digitais em escolas de São Paulo apareceu primeiro em Olhar Digital.