Um smartwatch alimentado por inteligência artificial pode ser um novo aliado na luta contra doenças do coração. O dispositivo pode prever casos de fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que atinge cerca de 4% da população mundial, com pelo menos 30 minutos de antecedência, de acordo com uma nova pesquisa.
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Doença pode causar AVC
- A fibrilação atrial faz com que o coração do paciente bata de forma irregular e mais acelerada.
- Isso acontece porque a doença atinge os átrios, cavidades superiores do coração, e faz com que eles se contraiam sem compasso.
- Além disso, uma diminuição do fluxo de sangue pode acontecer em algumas partes dos átrios, levando à formação de coágulos de sangue.
- Esses coágulos podem se desprender e, através da corrente sanguínea, obstruir pequenos vasos sanguíneos à distância.
- Se isso acontecer em alguma artéria do cérebro, por exemplo, há risco de acidente vascular cerebral (AVC).
IA possibilita monitoramento do ritmo cardíaco do paciente
Em função da gravidade do quadro, pesquisadores do Centro de Biomedicina de Sistemas de Luxemburgo (LCSB) da Universidade de Luxemburgo treinaram um modelo de IA para prever com precisão esta condição de saúde.
O experimento foi considerado um sucesso e o objetivo é usar o dispositivo como um sistema de alerta. O objetivo a longo prazo é que os pacientes sejam capazes de monitorar continuamente seu próprio ritmo cardíaco.
Dessa forma, o paciente pode receber cuidados antes que o quadro se agrave. Atualmente, a arritmia pode ser detectada por um eletrocardiograma, mas isso só é possível depois que ela já ocorreu.
O uso diário de um smartwatch simples fornece constantemente novas informações sobre a dinâmica pessoal do coração, permitindo-nos refinar e retreinar continuamente nosso modelo para que o paciente alcance um desempenho aprimorado com avisos ainda mais cedo. Eventualmente, essa abordagem pode até levar a novos ensaios clínicos e intervenções terapêuticas inovadoras.
Jorge Gonçalves, chefe do grupo de Controle de Sistemas do LCSB e autor do estudo
O estudo foi publicado na revista Patterns. As informações são do New Atlas.
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