A existência de vida em Marte e a possibilidade de habitar o planeta vermelho vem, há muito tempo, alimentando diversas pesquisas. Como noticiado pelo Olhar Digital, um estudo publicado na The Innovation aponta um possível habitante que poderia sobreviver às condições do local – e ele vive entre nós, aqui na Terra! Mas o que exatamente poderia ser esse “primeiro habitante”?

Entenda:

  • Pesquisadores descobriram que um musgo chamado Syntrichia caninervis poderia sobreviver às condições extremas de Marte;
  • A planta poderia ajudar na terraformação do planeta vermelho – transformar sua atmosfera, geologia e ecossistema para torná-lo propício à vida terrestre;
  • O musgo foi submetido a níveis extremos de desidratação, frio e radiação, suportando bem as condições e mostrando a capacidade de se regenerar;
  • O estudo foi publicado na The Innovation.
Syntrichia caninervis, o musgo que pode sobreviver em Marte. (Imagem: John Game/Wikimedia Commons)

Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências (CAS) descobriram que um tipo de musgo chamado Syntrichia caninervis, muito comum no deserto de Mojave, seria o candidato ideal para iniciar a terraformação de Marte – ou seja, modificar sua atmosfera, geologia e ecossistema para torná-lo propício à vida humana ou outras formas de vida terrestre.

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Musgo pode sobreviver às condições extremas de Marte

Quando submetidas a fatores como desidratação, frio e radiação a níveis que enfrentariam em Marte, as plantas suportaram bem as condições. A mais de 4.000 Gy (gray, dose de radiação absorvida), por exemplo, o musgo apresentou sinais de estresse, mas recuperou-se em cerca de 70% após 60 dias, com um desempenho melhor observado nas plantas desidratadas.

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Musgo pode ajudar a tornar Marte habitável. (Imagem: Ketut Agus Suardika/Shutterstock)

Geralmente, plantas não são capazes de suportar mais do que cerca de 1.000 Gy, enquanto os seres humanos sofrem convulsões e até morte com aproximadamente 50 Gy – o que mostra os níveis de resistência do S. caninervis.

“Olhando para o futuro, esperamos que esse musgo promissor possa ser levado a Marte ou à Lua para testar ainda mais a possibilidade de colonização e crescimento de plantas no espaço sideral”, escreve a equipe no artigo.

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