Para 86% das pessoas, o que mais importa em uma viagem são as experiências. Pensando nessa oportunidade, os pequenos negócios devem estar preparados para atender à demanda do consumidor. É o que aponta pesquisa realizada pelo Sebrae e o TRVL LAB – um laboratório de perceptibilidade de mercado em viagens – visando saber melhor o mercado do turismo de experiência no Brasil. O levantamento foi apresentado nesta quinta-feira (26) durante o Abav Talks, momento de debates durante a 51ª Abav Expo, maior evento do mercado do setor na América Latina.
Germana Magalhães, comentador de Competitividade do Sebrae, participou do tela e ressaltou a urgência de um olhar mais perfeito para as necessidades do cliente.
Turismo de Experiência não é turismo de luxo, de coisas caras, mas é um turismo focado na atenção aos viajantes e de proporcionar uma entrega personalizada dos produtos e seus destinos.
Germana Magalhães, comentador de Competitividade do Sebrae Pátrio.
A coordenadora do Polo Sebrae de Turismo de Experiência, Renata Agostin, trouxe outros dados da pesquisa para o bate-papo: a grande maioria (67%) dos entrevistados quer viver momentos de relaxamento; 57% dos ouvidos têm interesse em fazer passeios pela natureza e ecoturismo; metade acha as experiências muito caras e prefere fazer as atividades em grupos menores. Outro número interessante é que 77% das pessoas utilizam o Instagram para desenredar as experiências.
“As experiências podem associar valor à atuação dos pequenos negócios. Elas agregam valor ao ticket médio, trazem oportunidades de gerar um cliente mais satisfeito, mais visibilidade para o rumo e receita suplementar”, apontou. “O turismo de experiência tem um poder de transformação e de despir as pessoas de preconceitos”, analisou Renata. “A pessoa aprende, convive, respeita e volta transformada da viagem. É um fator que temos discutido com os pequenos negócios.”
Representando a empresa Receptivo de Charme, que atua com rotas de experiência no Ceará, Wendell Gomes contou porquê o pequeno negócio tem feito para invadir cada vez mais clientes. “Buscamos nas comunidades o que elas têm de diferencial para que o turista possa vivenciar em cada um desses lugares”, disse. “Os visitantes ficam impactados e dizem que vivenciaram momentos que nunca poderiam imaginar”, explicou Wendell.
Ana Clévia Guerreiro, do Sebrae, coordenou o tela sobre sustentabilidade. Crédito: Vinícius Correia.
Força e Sustentabilidade
A coordenadora de Serviços e Economias do Horizonte do Sebrae Pátrio, Ana Clévia Guerreiro, coordenou outra discussão no Abav Talks, desta vez sobre a urgência de medidas mais sustentáveis para as micro e pequenas empresas (MPE). “Para nós, é importante que os negócios possam crescer, e o tema da sustentabilidade e do consumo de robustez são pilares para que os empreendedores possam continuar no mercado, além de reduzir custos”, frisou.
Carolina Moraes (à esquerda) apresenta soluções energéticas para empresas. Crédito: Vinícius Correia.
Durante o bate-papo, foi apresentado um serviço gratuito sobre o Mercado Livre de Força e outras soluções energéticas disponíveis no país.
Toda atividade econômica precisa de robustez para operar. Para as pequenas empresas, o cima dispêndio no consumo de robustez é uma dor.
Carolina Moraes, coordenadora do Polo de Energias Renováveis do Sebrae Pátrio.
“Por meio de diferentes ações, capacitamos, geramos um diagnóstico da fatura de robustez e fazemos até uma visitante à empresa para orientar quais os grandes vilões e porquê podem diminuir o consumo”, completou.
O Mercado Livre de Força, que já recebeu mais de 12,8 milénio novos consumidores neste ano – em sua grande maioria micro e pequenas empresas –, também foi tema no debate. Lara Vieira, CPO (Chief Product Officer) e sócia do Grupo Eneergia, ressaltou a urgência de os donos dos pequenos negócios estarem atentos às novas possibilidades de contratação. “Abre a oportunidade para escolherem a robustez que vão utilizar no empreendimento. Essa oportunidade já existia para empresas de maior porte e, agora, com a ampliação, dá uma maior liberdade em relação ao preço”, comentou.
O empresário Mário Gisi conta um pouco da sua passeio para a produção da própria robustez. Crédito: Vinícius Correia.
A produção própria de robustez, com a implantação de placas fotovoltaicas, tem permitido uma redução de gastos na filete de 80% para o empreendedor Mário Gisi, da Clemens Chocolate, fábrica do Província Federalista que utiliza cacau orgânico na elaboração dos seus produtos. “Quando a gente empreende, sempre pensa na questão financeira, mas temos que pensar no impacto disso no mundo. É uma economia significativa e que me enche de orgulho por contribuir também dessa forma”, assegurou.
Sobre o evento
O Sebrae está na 51ª ABAV Expo, apoiando pequenos negócios dos seis biomas brasileiros – Concentrado, Caatinga, Amazônia, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal – até o sábado (28). A expectativa do evento é atrair 30 milénio visitantes de todo o Brasil e de mais de 20 países.