Cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego encontraram uma forma de tornar os repelentes mais duradouros e menos tóxicos usando um componente oriundo: bactérias da pele humana. A equipe se aproveitou da microbiota do corpo humano e, com modificações genéticas, a reverteu contra os mosquitos.

Testes em camundongos comprovaram a eficiência do repelente “oriundo” durante dias seguidos, inclusive contra o mosquito da dengue.

Aedes aegypti, o mosquito da dengue via Pexels
Repelente oriundo se mostrou eficiente até contra mosquitos da dengue (Imagem: Pexels/Reprodução)

Repelente reverte bactérias do corpo humano contra mosquitos

As fêmeas de mosquitos são atraídas aos humanos e outros animais devido ao dióxido de carbono e ao calor corporal que exala do corpo. No entanto, o que realmente as guia para o sangue humano são os odores das bactérias da pele.

Duas bactérias em específico têm um papel importante nessa atração: Staphylococcus epidermidis e Corynebacterium amycolatum. Elas compõem grande segmento da microbiota da pele e produzem um tipo de ácido láctico espargido por atrair os mosquitos.

Os pesquisadores americanos, portanto, resolveram virar essas bactérias contra os insetos. Para isso, eles criaram duas versões dos microorganismos geneticamente modificados para não ter o gene responsável pela produção do ácido láctico.

Segundo o New Atlas, a teoria é que, ao serem inseridas em um microbioma existente, elas substituam as bactérias atuais em sua forma oriundo.

pessoa aplicando repelente em criança
Repelente ainda não foi testado em humanos (Imagem: FamVeld/Shutterstock)

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Testes comprovaram eficiência do repelente

Os testes foram realizados em camundongos. As manchas raspadas dos animais vivos foram pintadas com as formas naturais ou modificadas das bactérias.

Logo, durante as duas semanas que se seguiram, os roedores foram expostos às fêmeas dos mosquitos Aedes aegyptiAnopheles gambiae e Culex quinquefasciatus durante 10 minutos todos os dias. As três espécies são conhecidas por transmitirem doenças, porquê dengue e malária.

Veja os resultados:

  • Três dias depois, o primeiro tipo de bactéria modificada (a Staphylococcus epidermidis) reduziu a atração dos mosquitos em até 64,4% em verificação com a forma oriundo do microorganismo;
  • O efeito repelente durou 11 dias;
  • O segundo tipo de bactéria modificada (a Corynebacterium amycolatum) apresentou um efeito semelhante em relação à sua forma oriundo;
  • Em verificação, um repelente tradicional feito de DEET (substância encontrado nas fórmulas dos produtos) tem duração média de quatro a oito horas.

O cláusula foi publicado nesta semana na PNAS Nexus.

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