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Proposta de redução da jornada semanal gera debates sobre impactos no mercado

Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em tramitação na Câmara dos Deputados pretende reduzir a jornada semanal de trabalho no Brasil de 44 para 36 horas, mantendo o limite quotidiano de 8 horas, além de extinguir a graduação 6×1. O texto, apresentado pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), procura proporcionar mais estabilidade entre vida profissional e pessoal, ao mesmo tempo em que pode afetar a competitividade das empresas.

Segundo apoiadores, a medida pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, reduzir acidentes e aumentar a eficiência dos colaboradores. Por outro lado, críticos apontam que ela pode exaltar os custos das empresas, pressionar setores produtivos e reduzir a oferta de empregos. O Starturpi ouviu três opniões sobre o ponto: o operador logístico, Adriano da Silva; o jurista trabalhista, Fábio Abranches Pupo e a executiva, Carine Roos.

Adriano da Silva, operador logístico, de 41 anos, trabalha atualmente em graduação 6×1 e enfrenta um deslocamento quotidiano de 1h30 até o meio logístico onde atua. Para ele, a proposta seria um consolação. “Trabalho das 6h às 15h em São Paulo, entendimento às 3h50 e saio de morada às 4h30 e retorno para morada por volta das 17h30. Com a redução da jornada ou mais folgas, teria tempo para resfolgar e até fazer um curso para melhorar profissionalmente,” afirma Adriano. Ele destaca que o atual padrão de trabalho é exaustivo e prejudica tanto o bem-estar físico quanto emocional.

Carine Roos, fundadora e CEO da Newa, destaca que a proposta pode trazer benefícios significativos para o envolvente corporativo, caso implementada corretamente. “Trabalhar menos horas pode aumentar a satisfação dos colaboradores e, uma vez que consequência, melhorar os resultados das empresas. Colaboradores com mais tempo para a vida pessoal tendem a ser mais engajados e produtivos,” comenta Carine. No entanto, ela alerta que as empresas precisam planejar essa transição para evitar sobrecargas e prometer que as operações continuem fluindo.

Para as empresas, a mudança exige adaptação em tecnologia e gestão. O jurista Fábio Abranches Pupo afirma que setores uma vez que indústria e agronegócio, que dependem de jornadas contínuas, podem enfrentar dificuldades. “Reduzir a jornada sem aumentar custos ou comprometer a produtividade será um grande repto. Isso exige investimentos em automação e planejamento estratégico,” explica Fábio. Ele acredita que a negociação entre empregadores e trabalhadores será principal para encontrar um estabilidade viável.

Impactos da proposta no mercado de trabalho

Atualmente, a legislação brasileira já permite alguma flexibilidade na definição de jornadas por meio de acordos coletivos. Fábio sugere que esses instrumentos podem servir de base para que empresas e trabalhadores adaptem as novas regras às necessidades específicas de cada setor. “Uma abordagem negociada ajuda a evitar custos excessivos e mantém a competitividade, principalmente no mercado internacional,” argumenta o Jurisconsulto.

Adriano reforça que uma rotina menos exaustiva poderia melhorar seu desempenho profissional. “Se eu tiver mais tempo para resfolgar, acredito que meu rendimento no trabalho será maior,” afirma. Ele também sugere que o transporte público deveria ser melhorado para reduzir o impacto das longas viagens diárias, complementando os benefícios de uma jornada menor.

Embora a proposta traga vantagens para os trabalhadores, uma vez que mais tempo livre e menor desgaste físico, ela também apresenta desafios importantes. Carine Roos alerta que a restruturação deve ser acompanhada de medidas que promovam inovação e eficiência. “As empresas precisam investir em tecnologias que otimizem os processos e fabricar ambientes inclusivos que favoreçam a adaptação a novas dinâmicas de trabalho,” destaca a executiva.

Fábio Abranches alerta que a informalidade pode aumentar, caso os custos para empresas se tornem inviáveis. “Se a medida for aplicada sem ajustes econômicos e incentivos fiscais, há um risco real de redução nas contratações formais,” explica. Ele ressalta que a implementação gradual pode ser uma solução para mitigar impactos negativos.

A discussão sobre a PEC reflete um momento de transformação no mercado de trabalho brasílico. Para Adriano, as mudanças representam uma oportunidade de melhorar tanto sua qualidade de vida quanto seu desempenho profissional.

“Com mais tempo, poderia cuidar melhor da minha saúde e investir no meu propagação pessoal,” relata. Já para Carine, o sucesso da proposta dependerá do envolvimento ativo de empregadores, trabalhadores e governo. “É uma oportunidade de modernizar as relações trabalhistas e promover um padrão mais sustentável para todos os envolvidos,” conclui.

Com a tramitação da PEC em curso, o debate se intensifica entre os setores produtivos, legisladores e representantes dos trabalhadores. A medida, caso aprovada, promete inaugurar um novo capítulo nas relações trabalhistas do país, trazendo desafios e oportunidades que podem moldar o porvir do mercado de trabalho brasílico.

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O post Proposta de redução da jornada semanal gera debates sobre impactos no mercado aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza