A Austrália é famosa por sua biodiversidade única, com muitos animais considerados bizarros e encontrados exclusivamente no continente devido ao seu isolamento geográfico por milhões de anos. Essa característica é um dos principais fatores que explicam a sua variedade biológica extraordinária.
É um local que possui uma fauna típica e, muitas vezes, considerada estranha devido a uma combinação de fatores históricos, geográficos e evolutivos. Esses fatores moldaram as espécies de maneiras que parecem incomuns ou excêntricas quando comparadas com os animais de outros continentes.
Entre as espécies exclusivas da Austrália, encontramos os marsupiais, uma classe de mamíferos cujas fêmeas possuem uma bolsa (marsúpio) para carregar e proteger seus filhotes após o nascimento. A Austrália é o lar de 70% das espécies de marsupiais do mundo. É o lar de animais símbolo do país, como o canguru, o coala, o wombat, o diabo-da-Tasmânia e o wallaby (parente menor do canguru, encontrado em florestas e áreas montanhosas).
É também o lar dos monotremados, mamíferos que botam ovos, um grupo extremamente raro e peculiar. É o caso do ornitorrinco, um dos animais mais estranhos do mundo, com bico de pato, cauda de castor e pés de lontra. E para completar, é semi-aquático e possui glândulas de veneno nos machos. Outro exemplo é a equidna, semelhante a um porco-espinho, que se alimenta de insetos e tem espinhos para se proteger de predadores.
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A Austrália também é conhecida pela grande diversidade de répteis, incluindo algumas das cobras e lagartos mais perigosos do mundo. Alguns exemplos são o dragão-de-komodo, que embora não seja nativo da Austrália continental, parentes do dragão-de-komodo, como o dragão-barbudo, vivem no continente.
O famoso crocodilo-de-água-salgada, o maior réptil do mundo, pode ser encontrado no norte da Austrália. Pode atingir até 7 metros de comprimento. E como não mencionar as cobras. A Austrália é o lar de 21 das 25 cobras mais venenosas do mundo, incluindo a cobra-taipan e a cobra-marrom-oriental.
A avifauna da Austrália é espetacular e inclui muitas espécies únicas, como o emu, a segunda maior ave do mundo, incapaz de voar, mas excelente corredora, as cacatuas, os papagaios e o kookaburra, famoso por seu “riso” característico, que é na verdade seu canto.
Entre os mamíferos marinhos, encontram-se a foca-leopardo, golfinhos e o dugongo (parente do peixe-boi). Insetos e aracnídeos marcam presença por lá. Algumas das aranhas mais perigosas do mundo, como a aranha-de-teia-de-funil, vivem na Austrália, e as formigas-buldogue, formigas agressivas e grandes, conhecidas por sua picada dolorosa.
Por que a Austrália tem tantos animais bizarros?
Para entender um pouco melhor, precisamos falar da história geológica do continente, que ficou separado de outras massas de terra por milhões de anos. A Austrália fazia parte do supercontinente Gondwana, que começou a se fragmentar há cerca de 180 milhões de anos. Gondwana incluía a América do Sul, África, Índia, Antártida e Austrália.
A Austrália se separou completamente da Antártida há aproximadamente 45 milhões de anos, movendo-se lentamente para o norte devido ao movimento das placas tectônicas. Desde sua separação, a Austrália permaneceu geograficamente isolada, cercada por vastos oceanos. Isso criou uma barreira natural que impediu a troca de espécies com outros continentes.
Agora sim, chegamos aos animais bizarros, que foram o resultado de todo esse movimento. As espécies australianas evoluíram independentemente, desenvolvendo características únicas para se adaptar ao ambiente local.
Diferentemente de outros continentes, a Austrália teve poucos mamíferos placentários (como cães, gatos ou roedores) em sua história inicial. Isso permitiu que os marsupiais e os monotremados ocupassem nichos ecológicos dominados por mamíferos placentários em outros lugares.
E, além disso tudo, a Austrália possui uma enorme variedade de climas e ecossistemas, incluindo desertos áridos, florestas tropicais, savanas e zonas temperadas. Então, esse isolamento, combinado com condições ambientais diversificadas, levou à evolução de espécies adaptadas a ambientes específicos, muitas vezes não encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
Sim, podemos considerar que a Austrália é um continente, mas com algumas particularidades. Muitas vezes vemos a Oceania como o continente, então é porque a resposta não é tão simples.
– Austrália (país): Refere-se ao país soberano que ocupa toda a massa terrestre do continente.
– Austrália (continente): Refere-se à grande massa de terra que inclui a Austrália continental, a Tasmânia e algumas ilhas adjacentes.
A Oceania é considerada uma região geográfica e cultural, mas tecnicamente não é um continente, no sentido tradicional da palavra, é uma região que inclui milhares de ilhas espalhadas pelo Oceano Pacífico, além da massa continental da Austrália. Na prática, a Oceania é vista como uma região maior que engloba a Austrália, a Nova Zelândia e as ilhas do Pacífico.
A Austrália é o único continente que é ocupado por um único país.
Apesar de ser o menor continente, é o sexto maior país do mundo em área.
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