Pesquisadores da Universidade de Curtin, em Perth (Austrália), liberaram uma novidade pesquisa que aponta para uma invenção curiosa: os maiores depósitos de minério de ferro no mundo existem há menos tempo do que se imaginava.

Anteriormente, acreditava-se que os maiores depósitos de minério de ferro, que ficam localizados na província de Hamersley, na Austrália Ocidental, teriam se formado há murado de 2,2 bilhões de anos.

O novo estudo, no entanto, aponta que esses mesmos depósitos, na verdade, se formaram quando o vetusto supercontinente Columbia se desintegrou, um tanto que teria realizado há murado de 1,4 bilhão de anos.

Ou seja, quase 1 bilhão de anos antes do que se tinha conhecimento.

Porquê os maiores depósitos de minério de ferro do mundo surgiram

A província de Hamersley é origem de um dos maiores depósitos de minério de ferro conhecidos no mundo, com mais de 55 bilhões de toneladas (50 gigatoneladas métricas).

Para se ter uma teoria mais detalhada: esse minério todo teria se aglomerado em uma porção de terreno conhecida uma vez que Cráton Pilbara.

Cráton Pilbara, por sua vez, é um dos dois únicos fragmentos de crosta terrestre que datam do Éon Arqueano – ou seja, um período geológico da Terreno que abrange entre 3,8 bilhões e 2,5 bilhões de anos detrás.

Essa porção de terreno também foi a que se uniu posteriormente para formar a Austrália.

Ilustração do planeta Terra visto do espaço com o continente australiano no centro.
Crédito: D-VISIONS/shutterstock.com

Com base nas novas informações e utilizando técnicas de datação direta, os pesquisadores australianos puderam estudar mais a fundo o que isso poderia valer para o surgimento dos depósitos de minério de ferro.

Assim, identificou-se que os depósitos teriam se formado em um período entre 1,4 bilhão e 1,1 bilhão de anos detrás.

Liam Courtney-Davies, geocronologista e pesquisador associado pós-doutorado no John de Laeter Centre (da Universidade de Curtin), explica que o período em que os depósitos de minério se formaram coincide com a era em que os supercontinentes estavam se desintegrando para formar outras porções de terreno.

“A força épica dessa atividade geológica foi o que provavelmente desencadeou a produção de bilhões de toneladas de rocha rica em ferro em Pilbara”, afirmou o também principal responsável do estudo, o, via transmitido.

Isso também poderia explicar o porquê de esses depósitos estarem localizados justamente no continente australiano.

Vale expressar que a Austrália Ocidental hoje é o maior produtor mundial de minério de ferro e o maior exportador da Austrália, tendo contabilizado no último ano fical mais de US$ 131 bilhões em exportação.

Para além da invenção do promanação dos depósitos, a identificação também ajuda os especialistas a entender onde procurar por mais minério.

“A invenção da relação entre estes depósitos gigantes de minério de ferro e as mudanças nos ciclos dos supercontinentes aumenta a nossa compreensão acerca de processos geológicos antigos e melhora a nossa capacidade de prever onde devemos explorar no horizonte”.

Liam Courtney-Davies

O estudo completo intitulado “Uma mudança de um bilhão de anos na formação dos maiores depósitos de minério da Terreno” (ou “A Billion-Year Shift in the Formation of Earth’s Largest Ore Deposits”, no original em inglês) foi publicado pela revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

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