O espaço está pleno de corpos que nos intrigam, planetas, asteroides, estrelas e nebulosas iluminam nossos céus e nos inspiram desde que começamos a olhar para cima. Mas entre essa miríade de objetos no espaço, os cometas estão entre os mais fascinantes.
Vistos ao longo da história porquê mensageiros celestes de boas novas por uns e mau-presságio por outros, os cometas sempre permearam o imaginário da humanidade. Mas o que é um cometa?
O que é um cometa?
Cometas não são estrelas porquê muitos podem declarar, na verdade, eles são corpos gelados formados por gases congelados, rochas e poeira, remanescentes da formação do sistema solar há tapume de 4,6 bilhões de anos. Eles orbitam o Sol em trajetórias altamente elípticas que podem levar centenas de milhares de anos para serem completadas.
E é fundamentado no tempo em que eles levam para completar essa trajectória que eles são classificados. Os cometas de pequeno período levam menos de 200 anos, enquanto os cometas de longo período demoram mais de 200 anos. Há também os cometas de aparição única, que não estão gravitacionalmente ligados ao Sol e seguem trajetórias que os levam para fora do sistema solar. Ou por outra, existem os cometas da cintura principal, localizados no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
Qual é a estrutura de um cometa?
A estrutura de um cometa é composta por cinco partes principais: núcleo, coma, envelope de hidrogênio e as caudas de poeira e gás.
O núcleo é o coração sólido do cometa, formado por gelo e rochas. Ele contém moléculas congeladas, porquê chuva, monóxido de carbono, dióxido de carbono, metano e amônia, além de poeira e compostos orgânicos. O núcleo geralmente não ultrapassa 10 quilômetros de diâmetro.
A coma é a nuvem que se forma ao volta do núcleo quando o cometa se aproxima do Sol. Nesse ponto, o calor faz com que o gelo sublime, transformando-se em gás e liberando partículas de poeira. Essa nuvem pode ser até milénio vezes maior que o núcleo.
O envelope de hidrogênio é uma categoria de átomos de hidrogênio que envolve a coma e pode se estender por milhões de quilômetros quando o objeto está próximo ao Sol.
As caudas são características distintivas dos cometas. Existem duas principais: a rabo de poeira, formada por partículas empurradas pela radiação solar, e a rabo de gás ou íons, composta por moléculas eletricamente carregadas influenciadas pelo vento solar. Ambas as caudas sempre apontam para longe do Sol devido à interação com o vento solar e a radiação.
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Uma vez que os cometas são formados?
A história dos cometas remonta à formação do sistema solar, há tapume de 4,6 bilhões de anos, a partir de partículas de gelo e poeira presentes na nuvem molecular que deu origem ao Sol e aos planetas.
Esses corpos gelados se formaram em regiões extremamente frias do sistema solar, principalmente além da trajectória de Netuno. Acredita-se que muitos cometas tenham se originado no Cinturão de Kuiper, uma região plana de objetos gelados além de Netuno, e na Nuvem de Oort, uma região esférica ainda mais distante que circunda o sistema solar.
Durante os estágios iniciais do sistema solar, interações gravitacionais com os planetas gigantes porquê Júpiter e Saturno lançaram muitos desses corpos para órbitas altamente elípticas. Isso explica por que os cometas podem passar milhões de anos em regiões frias e escuras antes de retornarem para o sistema solar interno, onde se tornam visíveis.
Mas eles não são responsáveis unicamente pelos belos espetáculos no firmamento quando entram em nossa trajectória. Cometas carregam uma grande quantidade de moléculas orgânicas, incluindo aminoácidos, que são os blocos básicos das proteínas e fundamentais para a vida.
Evidências coletadas pela missão Stardust da NASA, que utilizou aerogel para conquistar partículas do cometa Wild 2 e as trouxe de volta à Terreno em 2006 indicam a presença de glicina, um aminoácido simples, confirmando que cometas poderiam ter entregue compostos orgânicos essenciais ao nosso planeta durante os estágios iniciais de sua formação. Esse processo, espargido porquê panspermia, levanta a possibilidade de que os ingredientes para a vida possam ter chegado à Terreno vindos do espaço profundo.
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