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Nicolás Maduro pede que venezuelanos abandonem WhatsApp e Instagram

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pede para que seus seguidores desinstalem o WhatsApp de seus celulares. O líder político afirmou que o aplicativo de mensagens da Meta está sendo utilizado por “fascistas” para incitar a violência.

Em um oração durante a Marcha da Juventude e dos Estudantes pela Resguardo da Tranquilidade, Maduro defendeu uma “retirada voluntária, progressiva e radical” do aplicativo de mensagem e Instagram, e que migrassem para redes alternativas.

“Eu vou romper relações com o WhatsApp, porque está sendo utilizado para ameaçar a Venezuela. Portanto, eu vou varar o WhatsApp do meu telefone para sempre. Pouco a pouco, vou passando meus contatos para o Telegram e o WeChat”, afirmou Maduro.

O presidente venezuelano afirmou que é necessário que o país elimine leste aplicativo, posteriormente acusá-lo de ser por “criminosos que ameaçam a juventude e líderes populares”. Segundo o líder, tais ameaças viriam de telefones baseados em países porquê Colômbia, EUA, Peru e Chile, locais em que ele afirma terem “covardes” que se escondem “por trás do anonimato”.

Maduro publicou os vídeos de seu oração e provas de que apagou o WhatsApp de seu telefone, em seu X (ex-Twitter), afirmando estar livre do “imperialismo tecnológico que ataca a Venezuela”.

¡Si te he visto no me acuerdo! Estoy libre de #WhatsApp, el imperialismo tecnológico que ataca #Venezuela. pic.twitter.com/3CNnhIf0sk— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) August 6, 2024

¡Dile #NoAWhatsApp! Están utilizando esta APP, para amenazar a las y los jovenes líderes populares, de calle, de comunidad, a la familia militar, policial y a toda #Venezuela. El primer paso es el #RetiroVoluntario, progresivo y radical de WhatsApp. Hay otras APP, sistemas de… pic.twitter.com/kaXW1K2iZ4— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) August 6, 2024

Maduro protestou contra outras redes sociais

No final de agosto, Nicolás Maduro já havia trocado farpas com Elon Musk, o bilionário proprietário da rede social X, ao acusar Musk de tentar desestabilizar a Venezuela posteriormente a reeleição do presidente venezuelano ser contestada internacionalmente.

As acusações de Maduro contra Musk incitaram que o bilionário estaria por trás de um suposto ataque hacker que atrasou a divulgação dos resultados das eleições, e que ele estava apoiando tentativas de desestabilizar o país.

Crise política na Venezuela

Nicolás Maduro foi pronunciado vencedor das eleições de 28 de julho pelo Parecer Vernáculo Eleitoral (CNE) na segunda-feira (29). O CNE, órgão responsável pelas eleições no país presidido por um coligado do presidente, declarou a reeleição de Maduro com 51,95% dos votos, contra 43,18% de seu opositor, Edmundo González, com 96,87% das urnas apuradas.

No entanto, a oposição e a comunidade internacional contestam o resultado divulgado pelo órgão eleitoral e pedem a divulgação das atas eleitorais. Segundo escrutinação paralela da oposição, González venceu Maduro com 67% dos votos.

Com base nessas contagens, Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai declararam vitória ao candidato da oposição. A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconheceu o resultado das eleições presidenciais. Em um relatório feito por observadores que acompanharam o pleito, a OEA aponta indícios de que o governo Maduro distorceu o resultado.

O relatório da OEA também afirmou que o regime venezuelano aplicou “seu esquema repressor” para “distorcer completamente o resultado eleitoral”. Em resposta a essas alegações, Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta na quinta-feira (1º), pedindo a divulgação das atas eleitorais na Venezuela.

A nota enfatiza a urgência de resolver o impasse eleitoral no país pelas “vias institucionais” e que a soberania popular seja respeitada com uma “apuração justo”. O Brasil já vinha pressionando o CNE a apresentar as atas eleitorais, que funcionam porquê uma espécie de boletim das urnas.

CNE entrega atas eleitorais à Justiça

O Parecer Vernáculo Eleitoral entregou as atas eleitorais para o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela nesta segunda-feira, 5, uma semana depois das eleições e do proclamação do novo procuração de Maduro.

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O post Nicolás Maduro pede que venezuelanos abandonem WhatsApp e Instagram aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz