A Amazônia se prepara para ser a protagonista da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, com sede em Belém (PA), em novembro de 2025. E com a perspectiva de inserir nesse evento internacional empreendimentos inovadores da região amazônica que ajudam a sustentar floresta e pessoas, o Sebrae realiza desde domingo (15) visitante técnica a negócios sustentáveis dos municípios do Ordinário Amazonas: Santarém, Mojuí dos Campos e Belterra, além do Província de Alter do Pavimento.
Participam da missão o diretor-técnico do Sebrae Vernáculo, Bruno Quick; o gerente regional do Sebrae do Ordinário Amazonas, Paulo Dirceu; além dos parceiros Green Destinations no Brasil, com o coordenador da Andreas Dohle; Instituto Amazônia 4.0, com o diretor presidente Ismael Superior; e R5co, com o presidente da empresa de perceptibilidade de dados Fábio de Souza.
Foto: Lucas Clemente/ AD Produções.
No domingo, primeiro dia, Quick e equipe visitaram o Viveiro Florestal Ardosa, um “berçário” de mudas nativas da Amazônia certificado pelo Ministério da Lavoura e que atua no cultivo de espécies nativas e frutíferas, fornecendo as mudas para empresas e associações da cultura familiar que desejam reflorestar ou reconstituir os ambientes florestais.
A iniciativa tem uma vez que gestores o biólogo Sidcley Matos e a médica veterinária Adna Picanço. Para eles, o Sebrae é um impulsionador do negócio, ao capacitar e oferecer orientação técnica em consonância com a bioeconomia e a sustentabilidade. “Nós tivemos a parceria do Sebrae desde o início do nosso empreendimento. Assistimos palestras, treinamentos, cursos profissionalizantes para que nós conseguíssemos estruturar a nossa empresa”, relembrou.
Foto: Lucas Clemente/ AD Produções.
Agora, com a COP 30, estamos confiantes em ter maior visibilidade para expandir o Viveiro. Esperamos que, com a parceria com o Sebrae, a Conferência nos traga recursos, conhecimento e incentivo para que a floresta seja recuperada e o que está em pé permaneça em pé.
Sidcley Matos, biólogo e gestor do Ardosa.
O “Ardosa” é ainda uma grande cárcere estimuladora de inclusão social e econômica. Isso porque trabalha em cooperação com catadores de sementes de territórios quilombolas, indígenas e comunidades ribeirinhas, garantindo uma seleção diversificada e de qualidade. Trabalham com mais de 70 espécies de mudas, algumas até mesmo ameaçadas de extinção uma vez que o Acapu, a Itauba e o Pau Amarelo. E com o valor principal de manter a floresta em pé, produzem mais de 50 milénio mudas por ano. Em dez anos de geração, estimam já ter produzido murado de 500 milénio mudas.
Conciliar recursos naturais com a indústria
Na ocasião, o diretor-técnico do Sebrae parabenizou a iniciativa e destacou que o Brasil tem um dos ecossistemas mais ricos do planeta, sendo o de maior destaque o bioma Amazônia. E toda a discussão em torno de conciliar os recursos naturais com os setores da indústria, negócio, pecuária e serviços vem para efetivar o potencial de desenvolvimento da Amazônia, que ganha ainda mais força com a COP 30.
Foto: Lucas Clemente/ AD Produções.
Nosso objetivo é mostrar um conjunto de iniciativas já existentes na região para, de roupa, revelar as oportunidades para lucrar moeda com a floresta em pé. Muitos falam disso, mas poucos mostram uma vez que fazer. O Sebrae quer colaborar para que isso ocorra. E, para isso, estamos unidos: Sebrae Vernáculo, Sebrae Pará e demais Sebraes da região Amazônica.
Bruno Quick, diretor-técnico do Sebrae Vernáculo.
“Nós estamos trazendo várias instituições, pois queremos reuni-las com setores, que juntos, podem produzir um outro padrão de desenvolvimento correlacionando com a riqueza da Amazônia, englobando toda a sua cultura, rios, florestas, vitualhas, gastronomia e economia criativa. Nós queremos que Santarém, Mojuí dos Campos, Belterra e Alter do Pavimento sejam uma vitrine de um horizonte desejável, onde exista riqueza e distribuição de renda para os amazônidas”, complementou Quick.
Foto: Lucas Clemente/ AD Produções.
Em seguida a visitante ao Viveiro Florestal Ardosa, a equipe do Sebrae e parceiros dirigiram-se a Boto – Gelato da Amazônia, uma sorveteria que produz sorvetes naturais e artesanais com ingredientes e insumos da Amazônia, uma vez que o cumaru, a castanha do Pará, o jambo, o cupuaçu e outros. A Boto também é outro padrão de negócio que recebeu séquito do Sebrae desde o início. Em virtude das capacitações e orientações do Sebrae, hoje, a Boto tem uma novidade perspectiva de mercado, conseguindo expandir o empreendimento e impactando positivamente a economia da região.
A visitante técnica a demais negócios que fomentam bioeconomia e inovação na região amazônica ocorreu nessa segunda-feira (16).