Mais uma possível consequência das mudanças climáticas foi descrita por pesquisadores. Um novo estudo aponta que as alterações nas temperaturas do planeta podem afetar negativamente a saúde de pessoas com doenças cerebrais.
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Impactos para pacientes com doenças neurológicas
- O trabalho foi publicado na revista The Lancet Neurology e afirma que os impactos nas doenças neurológicas podem ser “substanciais”.
- Os pesquisadores ainda enfatizam a necessidade de compreender essas consequências para a vida dos pacientes.
- A conclusão foi feita após a revisão de 332 artigos publicados em todo o mundo entre 1968 e 2023.
- Eles consideraram 19 condições relacionadas ao sistema nervoso, escolhidas com base num estudo de 2016.
- Entre elas, estão doenças como AVC, enxaqueca, Alzheimer, meningite, epilepsia e esclerose múltipla.
- A equipe também analisou o impacto das alterações climáticas em vários distúrbios psiquiátricos graves, como ansiedade, depressão e esquizofrenia.
- Os cientistas destacam que “as temperaturas noturnas podem ser particularmente importantes, pois as temperaturas mais elevadas durante a noite podem perturbar o sono. Sabe-se que o sono insatisfatório agrava uma série de problemas cerebrais”.
- As informações são da CNN.
Preocupação com a ansiedade climática
O estudo observa que pessoas com demência estão mais suscetíveis a danos causados pelas temperaturas extremas e a serem vítimas de eventos climáticos, como inundações ou incêndios florestais. Isso acontece porque a deficiência cognitiva pode limitar a capacidade de adaptar o comportamento às mudanças ambientais.
Os pesquisadores descobriram ainda que houve um aumento nas internações, incapacidades ou mortalidade decorrente a um AVC relacionadas às temperaturas mais altas ou ondas de calor. Isso também foi observado para transtornos de saúde mental, principalmente em relação às flutuações diárias de temperatura.
Outro fator de preocupação é a ansiedade climática, que pode potencializar transtornos psiquiátricos, como a própria ansiedade e depressão. Este termo é usado para designar o “medo crônico da catástrofe ambiental“, de acordo com a definição da Associação Americana de Psicologia. Ele começou a ser usado na década de 1990, mas tem ganhado maior projeção com as mudanças climáticas e eventos ambientais adversos recentes.
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