A sexóloga e terapeuta Sabrina Munno carrega na mala produtos para vender em eventos que participa. Foto: divulgação
No próximo dia 6 de setembro é festejado o Dia do Sexo. Com originalidade, a data foi criada em 2008, a partir de uma jogada de marketing de uma importante marca de preservativos para estimular a venda dos seus produtos. Para quem empreende no segmento de bem-estar sexual, o dia pode ser uma boa oportunidade para atrair atenção para o negócio.
Com foco no prazer, saúde e desvelo íntimo, o mercado de bem-estar sexual é um setor que se mantém aquecido nos últimos anos. Com uma grande variedade de produtos, uma vez que brinquedos eróticos (sex toys), lubrificantes, massageadores, cosméticos íntimos, comestíveis e roupas íntimas.
De congraçamento com dados da Statista (plataforma especializada em coleta de dados), as projeções para vendas do setor de produtos eróticos são muito positivas. Estima-se que até 2030, o mercado mundial de sex toys, conhecidos uma vez que brinquedos eróticos, atinja US$ 80,7 bilhões, quase o duplo do esperado para nascente ano (US$ 44 bilhões).
Os números mostram um mercado muito promissor e refletem uma mudança de  comportamento do consumidor. Assuntos relacionados ao sexo e ao prazer ainda são um tabu, mas atraem cada vez mais o interesse do público, principalmente feminino e de uma novidade geração de consumidores com idade entre 25 e 35 anos.
Flávio Petry, crítico de Competitividade do Sebrae Pátrio
Basta lembrar que celebridades uma vez que as cantoras Anitta e Rihanna também empreendem no setor. A cantora brasileira fez uma parceria com a farmacêutica Cimed para desenvolver a fragrância do seu perfume íntimo e a pop star mundial é dona da marca de lingerie Savange X Fenty, conhecida pelos modelos que abusam da sensualidade para todos os gêneros e corpos.
Para todos os tamanhos e formatos
Segundo Petry, o mercado de bem-estar sexual ainda não está consolidado entre os grandes players, o que favorece a ingressão de pequenos negócios no setor tanto no envolvente físico quanto no on-line. “Enquanto o envolvente do dedo favorece o anonimato tanto para o empreendedor quanto para o cliente que têm receio de se expor, o atendimento presencial agrega valor ao relacionamento com o cliente que quer se sentir mais seguro na hora de comprar um resultado ou comprar um serviço”, esclarece.
O crítico do Sebrae também labareda atenção para que outros segmentos aproveitem o momento para gerar oportunidades de venda. Entre eles, destacam-se farmácias, salões de formosura, lojas de voga íntima com seções específicas e até mesmo docerias.
Quem empreende também tem que saber nichar as oportunidades. Neste paisagem, esse é um mercado muito favorável para atender públicos específicos, uma vez que LGBTQIA+, mulheres, consumidores de luxo, entre outros.
Flávio Petry, crítico de Competitividade do Sebrae Pátrio
Além do prazer
Com o compromisso de disponibilizar informação de qualidade e orientação, a sexóloga e terapeuta Sabrina Munno é dona da Santa Sensualidade, empresa que organiza eventos para mulheres, uma vez que chá de lingerie, despedida de solteira, encontro de amigas, além de eventos corporativos e, até mesmo, em igrejas.
Há 8 anos atuando no mercado de bem-estar sexual, ela abriu mão de uma curso consolidada uma vez que gerente de projetos em uma multinacional para encarar o duelo de falar sobre sexualidade de forma ligeiro e educativa.
Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta. Foto: divulgação
Comecei de forma tímida, em sociedade com duas amigas. Tínhamos um script e vendíamos os produtos. A partir de 2018, percebemos um aumento da demanda e resolvemos estruturar melhor o negócio. Criamos um site, começamos a fazer campanhas no Google e abrimos um conta no Instagram”, lembra.
Em 2021, com o término da sociedade, Sabrina assumiu o negócio com escora do marido. Ela se dedicou a reformular todo o negócio e resolveu nascer nos perfis na Internet. Os resultados positivos não demoraram a nascer. “No ano seguinte, tivemos 37% de propagação em conferência ao período anterior da pandemia”, relata.
Desde o ano pretérito, ela atende uma vez que terapeuta em um espaço próprio no bairro de Santa Cecília, na capital paulista. O lugar foi escolhido estrategicamente com aproximação fácil ao metrô. Além do funcionamento do consultório,  os espaço abriga também uma loja e espaço para pequenos eventos com grupos de até 10 pessoas.
Eu faço um atendimento com hora marcada para os clientes – que também incluem casais. O lugar é reservado e antes de realizar uma venda, eu palato de entender qual a real urgência daquela compra. Mais do que vender um resultado, eu penso no bem-estar dos clientes.
Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta
Com uma equipe de sete colaboradoras, a empresária investe no treinamento da equipe e na curadoria dos produtos. O objetivo é ampliar o alcance do negócio. Atualmente, além de São Paulo, a empresa atende em Curitiba (PR). A meta de propagação já foi ultrapassada para nascente ano. “Superamos a expectativa de 20% e em julho já chegamos em 33% de aumento da nossa demanda” comemorou.
Todos os anos, a empreendedora faz um planejamento para o negócio. Neste ano, por exemplo, ela criou uma loja on-line para a venda de produtos e desenvolveu novos temas para as palestras.
É uma luta diária e estou atenta a tudo, o tempo todo. Essa é uma dimensão desafiadora em todos os sentidos. Eu me dediquei a estudar muito porque eu não queria ser mais uma no mercado. Também tenho muito desvelo com o que eu posto nas redes sociais.
Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta