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Justiça dos EUA planeja penalizar Google por monopólio em procura na internet até 2025

A Justiça americana, por meio do juiz Amit P. Mehta, do Tribunal Distrital em Washington, anunciou que pretende infligir sanções ao Google por seu domínio no mercado de procura online até agosto de 2025. A audiência pode iniciar uma novidade temporada da internet em um processo antitruste que pode redefinir a concorrência e mudar a atuação da big tech no setor. 

Durante a sessão, Mehta estabeleceu um cronograma que prevê a apresentação de propostas de penalidades pelo Departamento de Justiça e pelos estados até o final deste ano. Um novo julgamento será realizado em março ou abril de 2025, com a coleta de novas evidências para prescrever as punições adequadas. 

Justiça alega que Google monopolizou mercado de procura com acordos bilionários 

Em setembro, Mehta considerou a big tech culpada de monopolizar o mercado de buscas na internet, mantendo uma participação de mais de 90% ao estabelecer contratos exclusivos com grandes empresas, uma vez que a Apple, garantindo que seu mecanismo fosse o padrão em diversos dispositivos. 

A decisão poderá gerar precedentes para outros casos antitruste, uma vez que os movidos contra Amazon, Apple e Meta. Entre as penalidades avaliadas estão restrições aos contratos de exclusividade que favorecem o site de pesquisas em dispositivos móveis ou até mesmo o desmembramento de algumas de suas operações, uma vez que a separação da procura do navegador Chrome e do sistema Android. 

O Departamento de Justiça procura agora apresentar novas testemunhas para discutir uma vez que furar esse mercado para concorrência, focando não exclusivamente no pretérito, mas no horizonte do setor. O jurisperito do Google chamará representantes da OpenAI e da Microsoft para depor no próximo julgamento, em uma tentativa de provar as mudanças no cenário competitivo atual. 

Google enfrenta pressão global também no setor de publicidade do dedo 

A Domínio de Concorrência e Mercados do Reino Uno (CMA) também emitiu uma enunciação formal acusando a companhia de práticas anticompetitivas no mercado de publicidade do dedo. A CMA alega que a gigante da tecnologia utilizou sua posição dominante para prejudicar concorrentes ao proporcionar seus próprios serviços de tecnologia de anúncios, elevando os custos para editores e anunciantes. 

Essa criminação chega em um momento de regulamentação sobre as grandes empresas de tecnologia ao volta do mundo. O foco da investigação está no controle do Google sobre ferramentas de intermediação de anúncios, uma vez que Google Ads e DoubleClick, que dominam o mercado publicitário no Reino Uno. De combinação com a CMA, essas práticas distorceram a competição e impactaram diretamente o dispêndio de serviços de anúncios para empresas locais. 

Tanto nos Estados Unidos quanto no Reino Uno, as investigações e os processos contra o Google refletem a crescente pressão por maior transparência e responsabilização no setor de tecnologia. 

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O post Justiça dos EUA planeja penalizar Google por monopólio em procura na internet até 2025 aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz