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Investimento inteligente em gênero é a chave para diminuir disparidades no mercado

Por Erica Fridman*

No mundo, o investimento em startups fundadas por mulheres ainda é muito pequeno. Dados do Região, indicam que, em 2020, somente 0,04% de todo o capital investido no ano havia sido aportado em startups fundadas exclusivamente por mulheres. Já nos EUA, em 2023, nascente número foi de 2,1%, segundo o Pitchbook.

Apesar do grande potencial dessas fundadoras e de seus negócios, o capital não chega até elas. Para ilustrar o gargalo, o Relatório do Banco Mundial em 2024, indica que concluir com os vieses na hora da escolha de onde alocar o capital, poderia aumentar o PIB mundial em mais de 20%. Por esse motivo, o chamado Gender Smart Investing, ou Investimento Inteligente em Gênero, pode ser a chave para produzir novas oportunidades de prolongamento.

Investir propositadamente em fundadoras ajuda a diminuir as disparidades de gênero que já fazem segmento do ecossistema. E a enxovia de reações é grande. Sabemos que, por exemplo, mulheres são mais propensas a contratar outras mulheres, criando mais oportunidades de curso, aumento da renda e independência financeira. Outrossim, a flutuação também é uma utensílio poderosa para gerar mais soluções e mais lucro para as companhias. 

Quadro Mundial

Ainda assim, estamos em um cenário em que somente 3% do capital é levantado por VCs formados por times de mulheres, segundo dados do Venture Capital Journal, e pouquíssimos fundos têm suas lentes voltadas para a questão de gênero. Por esse motivo, quem o faz está na vanguarda de um novo movimento focado em um segmento de eminente potencial.

Devemos entender, e logo, que não existem motivos para pensarmos que startups lideradas por mulheres não terão a mesma performance daquelas lideradas por homens. Só assim podemos mitigar o grande problema da indústria de Venture Capital que é: não existe flutuação em quem toma decisões de investimento e, por isso, estamos enviesando todo o ecossistema.

O Brasil

Nos dias atuais, alguns investidores dos fundos, principalmente os internacionais, já estão começando a ter estas conversas, pressionando os fundos a entender seus portfólios e o quão diverso são os times das startups investidas. Isso é o início de um processo de reflexão entre os tomadores de decisão. Ainda assim, existem poucos fundos com teses exclusivas em gênero.

No Brasil, o caso é mais grave, pois ainda faltam iniciativas porquê essa. Para criarmos mais fundos de tese exclusiva de flutuação de gênero nos investimentos, ou pelo menos, incitar essa preocupação com a questão da flutuação, precisamos que os investidores tenham esta agenda. O movimento precisa ser liderado pelo capital, por fim, somente quem tem o poder de direcionar o numerário são aqueles que podem exigir que os fundos tenham essas políticas.

Apesar de ainda possuir um longo caminho a ser percorrido, sou otimista. Temos um cenário positivo em que novas oportunidades devem comparecer na medida que os investidores se tornarem mais conscientes.

Supra de tudo, precisamos de incentivo. Incentivar investidoras e investidores a refletirem sobre o tema. Incentivar mulheres a perseguirem carreiras na tecnologia e fundarem seus próprios negócios e, principalmente, incentivar a ingresso de mais mulheres para o mercado de Venture Capital porquê gestores de fundos e alocadores de capital.

*Erica Fridman é graduada em Gestão pela FGV, construiu sua curso em inovação em empresas porquê Johnson & Johnson e Procter & Gamble. Nos últimos seis anos, concentrou-se em Venture Capital, visando a justiça de gênero desta indústria. Mentora de dezenas de startups, tem um portfólio com mais de 17 e é reconhecida desde 2021 porquê Top Women Investing in Latin America Tech. Ela também é fundadora do Sororitê Angel Network, a maior rede de mulheres investidoras querubim do Brasil.

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