*Por Valter Pieracciani
As Olimpíadas são o palco da superação, do reconhecimento e da glória. O mundo inteiro vive essa mensagem a cada quatro anos, quando elas acontecem. Talvez devêssemos ser lembrados mais frequentemente de que limites existem para ser ultrapassados.
Somos capazes de feitos incríveis quando nos entregamos a praticar massivamente alguma coisa em procura de um objetivo maior. No caso dos Jogos Olímpicos, simbolizar a pátria.
Desde a antiga Grécia, recordes são superados ciclo em seguida ciclo, mostrando-nos a infinitude das possibilidades de evolução. Um universo sem limites que nos convida a buscar hoje ser melhores que ontem, e amanhã melhores que hoje. E que nos enche de esperança de que isso seja verosímil.
As expressões da superação são marcadas por parâmetros mensuráveis, em próprio, velocidade e destreza, elevadas a patamares nunca atingidos pelo varão. A foto que marcará as Olimpíadas de 2024 é uma foto de velocidade: o vencedor Gabriel Medina voando depois de surfar uma poderosa vaga em Teahupo’o, na Polinésia francesa.
Pratico surfe há mais de 50 anos e posso asseverar que o registro só foi verosímil graças ao incrível impulso e à velocidade que ele ganhou deslizando para fora de um tubo a uns 50 km/h, nas minhas estimativas.
Aliás, a maioria das modalidades disputadas nas Olimpíadas depende essencialmente da velocidade. Muitos de nós, pessoas comuns, seríamos até capazes de realizar boa segmento das peripécias que os competidores fazem. Mas nunca na velocidade com que esses incríveis atletas conquistam suas medalhas.
A inovação e a velocidade geram paixão desde as primeiras civilizações. Na Antiguidade, por exemplo, os romanos construíram estradas para melhorar a presteza do transporte de tropas e mercadorias. O libido de quebrar recordes de velocidade, seja em terreno, no ar ou no espaço, tornou-se um símbolo de progresso e inovação tecnológica.
Curiosamente, quando tratamos de inovação, encontramos um paradoxo nas Olimpíadas. Inovações nos jogos são bem-vindas, desde que com transparência e garantia de que todos os atletas terão entrada aos mesmos recursos. Se alguma inovação conferir vantagens injustas aos competidores, corre o risco de ser considerada dopping tecnológico.
O noção diz reverência a equipamentos e dispositivos que podem melhorar o desempenho de um desportista de maneiras que não são alcançáveis unicamente por meio de treinamento e habilidade originário.
Um caso marcante foi o dos trajes de natação em poliuretano que reduziam a resistência à chuva. Se usados, veríamos um salto não originário nos recordes históricos de natação das Olimpíadas. Concepção parecido chegou às competições de surfe da França oriente ano.
Já está disponível no mercado uma pele sintética de tubarão, desenvolvida para ser aplicada no fundo das pranchas de surfe. Um caso assombroso da biomimética inspirada em Leonardo da Vinci, um dos maiores inovadores da história.
O tubarão é um dos animais mais rápidos e evoluídos do planeta, cortando os mares há mais de 450 milhões de anos. Cada centímetro quadro de sua pele possui quatro milénio ranhuras, nanoescamas chamadas placoides, que lhes permite fluir rápida e docemente.
A pele sintética reproduz essa textura e pode conferir mais velocidade às pranchas. No entanto, porquê nos trajes de natação, quem usasse correria risco de desclassificação. Obviamente, os atletas abriram mão.
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Esses regulamentos rigorosos do Comitê Olímpico Internacional (COI) e das federações esportivas dos países podem parecer inimigos da inovação, mas são essenciais para prometer as mesmas condições nas competições.
Por término, fica clara a direta conexão entre o libido de superação, em maior ou menor medida, presente em todos nós, seres humanos, e a infindável capacidade de inovar, da qual todos, indistintamente, nascemos dotados. Perfeita mesmo a pessoa de Deus.
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