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Humildade e empatia: as chaves para o sucesso do investidor

O investidor, além de aportar recursos financeiros nas startups, também precisa saber que existirá uma subida expectativa por segmento dos empreendedores para o séquito do negócio, com compartilhamento de experiência e desafios já vivenciados em sua jornada profissional. Por esse motivo, e esta subida expectativa, que o termo “investidor-anjo” foi criado. Pessoas capazes de orientar um novo direcionamento para as empresas inovadoras, que precisam lucrar o mercado de maneira rápida e escalável.

Para saber orientar muito uma startup, o investidor precisa entender muito muito a história da empresa, o grande motivo pelo qual o negócio foi criado, e o qual dor ele pretende resolver. Para isso, é necessário se colocar no lugar do empreendedor, para compreender seus movimentos, e no lugar do usuário. Enfim, não basta ter a teoria mais genial e disruptiva se o mercado não compra, ou não está pronto para tamanha mudança de cultura ou comportamento.

A trajetória de um investidor bem-sucedido está repleta de momentos nos quais a humildade se torna uma aliada fundamental. Reconhecer que o sucesso não é somente resultado de préstimo próprio, mas também de oportunidades e aprendizados ao longo do caminho, é necessário. É essa humildade que permite ao investidor reconhecer que, mesmo com sua experiência, sempre há mais a aprender com cada novidade empresa, cada novo empreendedor e cada novo duelo.

Entender as necessidades, os desejos e os dilemas enfrentados pelos empreendedores não somente fortalece o relacionamento, mas também melhora a qualidade das decisões de investimento. Ao se colocar no lugar do outro, o investidor pode oferecer orientações mais eficazes e pertinentes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável das startups.

Apesar de toda essa experiência, nem todos os investidores serão convencidos quando apresentados a bons negócios. São constantes as histórias de compunção de investidores que recusaram investir em empresas uma vez que Uber, Meta, Mercado Livre e Apple. Para muitos investidores, o maior compunção não é o negócio que não investiram, mas sim a oportunidade que não souberam aproveitar. Reconhecer que o sucesso nem sempre é linear, e que cada decisão de investimento carrega consigo um evidente intensidade de incerteza, é segmento do jogo.

É por essa interessante variedade do mercado, com experiências diversas de cada investidor, que o setor da inovação cresce de forma tão inesperada e impressionante. Se os investidores soubessem que as soluções virariam unicórnios, não seria tão difícil e incomum encontrar um. No mundo, pouco mais de 1.200 são avaliados em mais de 1 bilhão de dólares. Em toda América Latina, somente 46, sendo 26 deles no Brasil.

A história está repleta de exemplos de investidores que, ao agirem com humildade e empatia, conseguiram identificar oportunidades onde outros viram somente obstáculos. A capacidade de enxergar além dos números e das projeções, e de compreender verdadeiramente o potencial de uma teoria ou de uma equipe, é o que diferencia os investidores excepcionais dos meramente competentes.

Investindo em unicórnios ou não, as qualidades mais importantes para um investidor de sucesso são a humildade e empatia. Humildade para saber que sua experiência veio de uma longa jornada de aprendizados, com erros e acertos, que vão contribuir e muito para o desenvolvimento da startup e seus empreendedores. Empatia para se colocar no lugar do outro, desde o usuário que anseia para a solução de seus grandes problemas, até o empreendedor, que colocou seu projeto pessoal e profissional nas mãos de pessoas experientes, e que muitas vezes tem um apego incondicional pela solução, precisando de ajustes e orientações, para crescer rápido, e se necessário, pivotar.

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O post Humildade e empatia: as chaves para o sucesso do investidor aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Rafael Kenji