Grandes reformas podem ultimar com a silêncio de uma pessoa. Quem já passou por uma delas sabe muito do que estou falando… Agora, a situação pode permanecer ainda pior se você encontrar um cemitério macróbio debaixo da sua propriedade! Parece piada de mau sabor, mas isso aconteceu de verdade (e recentemente) na França.
Durante obras no porão de uma morada em Paris, uma família francesa encontrou um esqueleto enterrado. Depois do susto, chamaram especialistas e os arqueólogos começaram a escavar. E eles descobriram que aqueles sobras mortais não estavam sozinhos: ao todo, eles acharam 38 túmulos!
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Não, isso não é enredo de filme de terror. Nem a morada de um psicopata ou serial killer. De congraçamento com a empresa Archeodunum, responsável pela escavação, o imóvel em Paris já foi um cemitério muitos séculos detrás.
Os pesquisadores ainda não sabem o sexo nem a idade dos mortos, mas conseguiram identificar o período no qual viveram. A data dos túmulos varia entre 476 d.C. e 750 d.C., ou seja, estamos falando de um cemitério que funcionou há mais de 1.500 anos.
Arqueologia e história
- O ano de 476 marca o termo do Predomínio Romano e o início do período merovíngio na região.
- A dinastia merovíngia governou a antiga Gália por tapume de 400 anos.
- Esse território (da Gália) corresponde a onde ficam atualmente França, Bélgica, uma segmento da Alemanha e da Suíça.
- Dentro dos 38 túmulos, os pesquisadores encontraram 10 sarcófagos de gesso.
- Eles acreditam que os outros mortos foram enterrados ou diretamente na terreno ou em caixões de madeira comuns, que desapareceram posteriormente o processo de desagregação.
- Essa diferença aponta que o cemitério funcionou por muitos séculos.
- Historiadores afirmam que a comuna de Corbeil-Essones, onde foram descobertos os ossos, abrigava uma capela.
- E que, antes dela, havia no lugar um templo pagão ainda mais macróbio, que celebrava uma manadeira.
- Novos estudos, principalmente os feitos nos esqueletos, devem dar mais respostas sobre esse encontrado.
Um olhar sobre o pretérito
Os cientistas explicam que objetivo do estudo é saber melhor a população que viveu nessa região durante a Antiguidade e a Idade Média. Outrossim, eles também querem compreender a evolução das tradições funerárias durante esses períodos.
A equipe do Archeodunum esclarece que todos os resultados serão apresentados em um relatório de escavação muito muito documentado. E que eles avisarão a comunidade científica e a prensa sobre as descobertas.
A empresa, porém, não falou mais zero sobre a família que vive no imóvel. Eu, medroso do jeito que sou, nunca mais dormiria tranquilo sabendo que ali era um cemitério. Espero que eles tenham se mudado. Pelo muito da História e Arqueologia. E pelo muito do sono deles também.
As informações são do Archeodunum.
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