Na manhã de terça-feira (3), uma explosão ocorreu do outro lado do Sol, gerando preocupação entre os cientistas do clima espacial. 

Os coronógrafos do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO) – uma parceria entre a NASA e a Dependência Espacial Europeia (ESA) – captaram uma ejeção de volume coronal (CME) luminoso, movendo-se quase diretamente para longe da Terreno.

Crédito: SOHO

De entendimento com a plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com, embora o sítio da explosão estivesse oculto e a CME não esteja se dirigindo ao nosso planeta, seus efeitos foram sentidos cá. 

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Satélites na trajectória da Terreno detectaram um aumento de partículas energéticas na atmosfera, aceleradas por ondas de choque da CME em expansão. Esse evento causou um apagão de rádio de ondas curtas no Círculo Polar Ártico devido ao efeito ionizante.

Quem realmente está na mira dessa explosão é a sonda Solar Orbiter (SolO), da ESA, que está no lado oposto do Sol e diretamente na rota da CME. Um protótipo da NASA prevê que o material solar passa pela espaçonave nesta quarta-feira (4), por volta das 9h da manhã (pelo horário de Brasília). Os sensores da sonda SolO já registraram um aumento de 100 vezes nas partículas energéticas, valor que pode crescer à medida que a CME se aproxima.

Crédito: NASA

Um novo grupo de manchas solares, identificado porquê AR3813, está se movendo em direção à Terreno e emitindo erupções da classe M (tipo moderado). Essa mancha solar poderosa já disparou diversas CMEs em direção a Vênus, erodindo as nuvens do planeta. Nos próximos dias, a Terreno entra na traço de tiro, conforme essa região ativa se posiciona de frente para o nosso planeta.

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