As teorias clássicas sobre o pretérito da Terreno são muito aceitas no meio científico, mas podem não estar completamente corretas. Um estudo publicado recentemente mostra que já existiam seres vivos habitando o planeta há 800 milhões de anos, muito antes do que sugerem as linhas de pensamento atuais.

A invenção foi publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS) e mostra que, muito antes da Pangeia, a Terreno já contava com uma pluralidade impressionante de seres eucariontes.

Pretérito da Terreno é mais diverso do que se pensava (Crédito: Triff/Shutterstock)

Pretérito da Terreno era diverso muito antes do que imaginávamos

O estudo revelou que diversas linhagens de seres eucariontes (seres vivos com células com núcleos delimitados) surgidas há 1,5 bilhão de anos se estabeleceram e se diversificaram há 800 milhões de anos. Esse período foi marcado pela oxigenação do Neoproterozoico (oxigenação profunda dos oceanos).

Teorias clássicas sobre o pretérito da Terreno previam que essa diversificação só aconteceria na revolução do Cambriano, há 540 milhões de anos – 260 milhões de anos depois do que a pesquisa atual sugeriu. Ou seja, a pluralidade de vida no planeta é muito mais antiga do que se pensava.

Daniel Lahr, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e responsável sênior do cláusula, explicou essa mudança no paradigma à Filial FAPESP:

O paradigma que tínhamos para o Neoproterozoico era de que não havia quase zero no planeta, unicamente uma ou outra espécie de bactéria e protista. Porém, nos últimos 15 anos, foram sendo identificados fósseis de seres unicelulares, eucariontes e heterotróficos [que não produzem o próprio alimento] em diversos lugares diferentes do planeta. (…) Tudo isso se junta ao nosso estudo, que reconstituiu a árvore da vida e, por probabilística, identificou diversas linhagens muito estabelecidas de ancestrais de amebas, animais, fungos e vegetação há 800 milhões de anos. Isso muda muito nosso entendimento sobre uma vez que se deu a diversificação da vida na Terreno.

Daniel Lahr, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e responsável sênior do cláusula, em entrevista à Filial FAPESP

Fóssil de tecameba (esquerda) e ameba tecada (direita) (Imagens: Luana Morais e João Alcino/Filial FAPESP)

Estudo revelou que seres primitivos na Terreno eram adaptáveis

Não só mais diversos, mas adaptáveis. Essa foi outra invenção do estudo sobre os seres que habitavam a Terreno há 800 milhões de anos.

A equipe apontou que a pluralidade de amebas e ancestrais de vegetação, algas, fungos e animais sobreviveram diversos períodos críticos do pretérito terrestre, uma vez que dois eventos de glaciação (há 790 e, depois, há 100 milhões de anos).

Para Lahr, isso mostra um poder de adaptação supra do esperado para esses seres. Uma das adaptações foram das amebas Arcellinida. Há milhões de anos, elas viviam em chuva salgada e, agora, todas são de chuva gulodice.

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Uma vez que o estudo foi feito

  • Para chegar nessas conclusões, o estudo traçou uma árvore genealógica de relações de parentesco das tecamebas (Arcellinida);
  • A partir disso, eles conseguiram identificar o pretérito de vegetação, fungos, algas e animais, que antecederam as espécies atuais há milhões de anos;
  • Os insights presentes no cláusula foram um resultado desse mapeamento com auxílio de matemática probabilística, que permitiu instaurar a morfologia dos seres e compará-los com outros fósseis;
  • A técnica utilizada é chamada single-cell transcriptomics e permite sequenciar todo o transcriptoma de uma única célula. Isso, por sua vez, permite que cientistas voltem nas linhagens evolutivas para entender o pretérito da Terreno.

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