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Empresas precisam ser vendáveis mesmo não estando à venda

*Por Leonardo Silva

A governança corporativa é um tema que tem ganhado cada vez mais relevância, principalmente no Brasil. De harmonia com pesquisas realizadas por organizações importantes, uma vez que o Instituto Brasílico de Governança Corporativa (IBGC), e consultorias de grande porte, uma vez que a McKinsey e a Ernst & Young, empresas que adotam práticas de governança corporativa e contam com um parecer consultivo são 29% mais eficientes na geração de lucro, geram 3,4 vezes mais fluxo de caixa e são 15% financeiramente menos alavancadas, gerando três vezes mais retornos aos sócios.

Além de adotar essas práticas, é fundamental que os empresários tenham em mente a valor de tornar suas empresas vendáveis, mesmo que não estejam com a intenção imediata de vendê-las. Esse caminho de pensamento ajuda a consolidá-las, estruturá-las e prometer que se tornem atrativas não só para investidores, mas para clientes, colaboradores e demais stakeholders.

Construindo empresas atrativas para vendas

A construção de uma empresa vendável está diretamente relacionada à emprego de boas práticas de governança corporativa, pois, negócios que investem nessas estratégias estão propensos a ter processos muito definidos, transparência em suas operações, estrutura organizacional e um parecer consultivo que contribua para a tomada de decisões estratégicas. Todos esses elementos tornam a empresa mais resiliente para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades no longo prazo.

Companhias que despertam o interesse de investidores, mesmo que não desejem ser vendidas, costumam ter chegada a recursos financeiros que podem impulsionar seu propagação, possibilitando a expansão para novos mercados, o desenvolvimento de produtos e a atração de talentos. A presença de investidores qualificados, por sua vez, pode trazer expertise, networking e governança.

Ainda, em uma empresa vendável, os funcionários também têm a oportunidade de crescer junto com o negócio. A estruturação de processos, a definição de metas claras e a geração de um envolvente de trabalho saudável são aspectos que não unicamente atraem talentos, mas também retêm profissionais mais qualificados.

É necessário entender o papel da emprego da governança corporativa de forma pragmática. Companhias que adotam essas práticas e, em paralelo, buscam ser vendáveis, têm o potencial de se tornarem referências em seus setores, de influenciar positivamente o ecossistema empreendedor e contribuir para o desenvolvimento econômico do país.

Ao tentar formular o negócio ideal usando a perspectiva de venda, os empreendedores estão, mesmo que indiretamente, se direcionando ao sucesso. E a governança corporativa é uma trilha que indica o caminho mais limitado a seguir.

*Leonardo Silva é sócio fundador da Mesamind e perito em Estratégia, Transformação Do dedo, Inovação e Mercantil

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