O “coração” de Plutão, planeta anão do nosso Sistema Solar, intriga os cientistas há muito tempo. Essa área mais clara em forma de coração se chama Tombaugh Regio. E o mistério por trás da formação dela parece ter sido solucionado – pelo menos, de acordo com um estudo publicado nesta semana na Nature Astronomy.
Para quem tem pressa:
- O “coração” de Plutão, área mais clara conhecida como Tombaugh Regio, tem sido objeto de curiosidade dos cientistas há muito tempo. E um estudo, publicado nesta semana na Nature Astronomy, oferece novas perspectivas sobre sua formação. A pesquisa sugere que ela foi resultado de uma colisão com outro corpo planetário;
- A equipe de pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, e da Universidade do Arizona, nos EUA, conduziu simulações computacionais para entender o processo que levou à formação do “coração” de Plutão. O resultado mais plausível foi um impacto chamado de “splat”, causado por um objeto planetário com cerca de 644 quilômetros de largura;
- Este estudo contradiz teorias anteriores que sugeriam a presença de um oceano subsuperficial em Plutão. Ao não requerer essa característica, o novo cenário proposto pode redefinir nossa compreensão da evolução geológica do planeta anão e trazer insights sobre seus estágios iniciais de formação;
- A astrônoma Adeene Denton, coautora do estudo, ressalta a importância dessa descoberta para entender os primeiros períodos da história de Plutão. E como ela pode ser aplicada a outros corpos no Cinturão de Kuiper, o que ampliaria nosso conhecimento sobre essa região do Sistema Solar.
Pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, e da Universidade do Arizona, nos EUA – a equipe por trás do estudo – afirmam ter desvendado o cenário provável para a formação do tal “coração” de Plutão. E esse cenário envolve a colisão com outro corpo planetário.
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Origem do ‘coração’ de Plutão
Os pesquisadores conduziram simulações computacionais para replicar dinamicamente o que é observado nos dados da sonda New Horizons da NASA. O resultado mais convincente foi um evento de impacto descrito como um “splat”, causado por um corpo planetário com aproximadamente 644 quilômetros de largura.
O estudo contradiz sugestões anteriores de um oceano subsuperficial em Plutão, indicando que o cenário proposto não requer essa característica. Isso poderia reformular a compreensão da evolução geológica do planeta anão, abrir portas para novas interpretações e desvendar mistérios sobre seus estágios iniciais.
A astrônoma Adeene Denton, coautora do estudo, destaca que a formação do “coração” de Plutão oferece uma visão crucial dos primeiros períodos de sua história. E essa descoberta pode se estender a outros corpos no Cinturão de Kuiper, o que ampliaria nosso entendimento sobre esta parte do Sistema Solar.
Por dentro do ‘coração’
A região ocidental do “coração”, a Planitia Sputnik, apresenta gelo de nitrogênio e evidencia um impacto massivo. Harry Ballantyne, autor principal do estudo, explicou que a forma resultante após o impacto não se assemelha a uma cratera típica, mas sim a uma gota de gelo clara, com o núcleo rochoso do corpo impactante visível.
Os pesquisadores continuarão a se aprofundar na história geológica de Plutão, explorando como essas descobertas se aplicam a outros corpos no Cinturão de Kuiper. Enquanto isso, a sonda New Horizons prossegue em sua jornada pelas profundezas do Sistema Solar, revelando pistas sobre a vastidão e complexidade do Universo.
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