Feliz Ano Novo! Nesta quarta-feira (1º), damos início a 2025 – e janeiro chega trazendo uma programação astronômica imperdível, que conta com uma chuva de meteoros, lançamentos de foguetes e uma provável novidade missão privada à Lua. Confira aquém os eventos espaciais mais importantes do mês.
Lembramos que todas as datas, horários e referências geográficas consideram um observador fundamentado em Brasília, e podem ser ligeiramente diferentes de convenção com sua localidade.
02 e 03/01 – Pico da chuva de meteoros Quadrântidas
As Quadrântidas são a primeira chuva de meteoros do ano e, para o Hemisfério Setentrião, uma das mais intensas. Durante o pico, entre 2 e 3 de janeiro, podem ser vistos até 200 rastros de luz por hora supra da risca do equador (por cá, o fenômeno é muito menos imponente).
Os meteoros Quadrântidas são causados por fragmentos de um cometa chamado 2003 EH1, que se desintegrou há séculos. Esses resíduos entram na atmosfera terrestre a uma velocidade de murado de 41 km/s, o que os torna muito brilhantes. É recomendável usar um app ou site de astronomia (uma vez que Star Walk, Stellarium ou SkySafari) para ajudar a localizar a constelação de Boötes no firmamento – onde fica o radiante – e checar o melhor horário de visibilidade em sua cidade.
06/01 – Lançamento foguete New Glenn, da Blue Origin
Um foguete protótipo New Glenn, o mais novo veículo espacial da Blue Origin, lançará a espaçonave Blue Ring da empresa, que é capaz de hospedar e implantar várias cargas úteis. Na ocasião, o propulsor do primeiro estágio deve pousar na plataforma marítima, Jacklyn, da empresa de Jeff Bezos.
Embora não tenha sido divulgada uma data de lançamento solene para o voo principiante do New Glenn, chamado NG-1, há um aviso fechamento de espaço desatento para 6 de janeiro, durante uma janela de quase quatro horas que se abre às 3h da manhã (pelo horário de Brasília, com uma oportunidade de backup no mesmo período no dia seguinte.
O foguete vai decolar do Multíplice de Lançamento 36, da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.
11/01 – Sétimo voo de teste do megafoguete Starship
Durante o sétimo voo de teste do Starship, a SpaceX pretende repetir o pouso da nave no mar e realizar uma novidade tentativa de tomar o estágio propulsor na plataforma de lançamento, conforme executado no voo de nº 5, em outubro. Segundo um documento de licença prévia emitido pela Gestão Federalista de Aviação dos EUA (FAA) em dezembro, o foguete deve ser lançado de Boca Chica, trazendo o booster de volta à plataforma e pousando o segundo estágio nas águas do Oceano Índico, a oeste da Austrália.
Embora não tenha sido divulgada oficialmente a data do lançamento, um e-mail vazado obtido pelo TLPnetwork, redigido pela NASA e endereçado à FAA, suplente o dia 11 de janeiro para o evento.
13/01 – Maior visibilidade do cometa C/2024 G3 (ATLAS)
O cometa C/2024 G3 (ATLAS) pode ser visível a olho nu em 13 de janeiro, posteriormente o periélio (ponto mais próximo do Sol), com uma magnitude de 0,6. Embora seja melhor observado no Hemisfério Sul, em 20 de janeiro, ele ficará plebeu no horizonte para quem estiver no Setentrião. No entanto, há ainda a possibilidade de o cometa não sobreviver ao periélio ou de permanecer muito próximo do Sol, dificultando sua reparo.
16/01 – Melhor momento de reparo de Marte
No dia 16 de janeiro, Marte atinge o ponto mais propício para reparo, ficando maior e mais luzente no firmamento. Com uma magnitude de -1,4 e diâmetro de 14,6 segundos de roda, o planeta estará em oposição, evento vasqueiro que, no seu caso, ocorre a cada 780 dias, permitindo que seja visível durante toda a noite. Essa oportunidade sensacional de contemplar Marte em sua máxima proximidade com a Terreno é imperdível.
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Está programado também para janeiro, mas ainda sem data definida, o lançamento da missão japonesa M2/Resiliência enviará um módulo de pouso e um microrrover à superfície lunar. Um dos principais objetivos é estudar o solo lunar para entender sua elaboração e realizar experimentos de extração de chuva. A chuva obtida será dividida em oxigênio e hidrogênio, recursos essenciais para exploração de longo prazo.
Ou por outra, a missão testará tecnologias inovadoras, uma vez que sistemas de navegação para pousos precisos e controle autônomo de rovers. Essas inovações podem ser aplicadas em missões futuras a Marte. Conduzida pela empresa ispace, a M2/Resiliência reforça o papel do Japão na exploração lunar internacional, com base no sucesso da missão SLIM, que realizou um pouso preciso em 2024.
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