A Skidmore, Owings & Merrill (SOM), empresa de engenharia e arquitetura responsável pelo Burj Khalifa, em Dubai, e a Energy Vault, de armazenamento de energia, se uniram para transformar enormes arranha-céus em algo ainda maior: sistemas de armazenamento de energia gravitacional.

Entenda:

  • Arranha-céus podem, em breve, ser transformados em algo ainda maior: sistemas de armazenamento de energia gravitacional;
  • O projeto propõe dois tipos de sistemas: um utilizando um peso que seria elevado ao topo do arranha-céu e, quando liberado, desceria até a base do edifício acionando um gerador com a força da gravidade;
  • O segundo contaria, em vez de um peso, com água – semelhante ao sistema de armazenamento hidrelétrico;
  • O peso extra, a manutenção dos sistemas e o espaço ocupado pelo mecanismo são alguns dos problemas na realização do projeto;
  • A proposta foi criada pelas empresas Skidmore, Owings & Merrill (SOM) e Energy Vault.
Sistemas podem ser aplicados a arranha-céus de 1 km de altura. (Imagem: MyCreative/Shutterstock)

O método é bem semelhante ao que vemos no armazenamento hidrelétrico, no qual a água é liberada de um ponto alto – como uma montanha -, e, enquanto flui para baixo, vai girando turbinas e gerando eletricidade. Depois, a água é bombeada para o topo outra vez, e o processo pode ser realizado novamente.

Leia mais:

Bateria de arranha-céu funciona com energia renovável ou rede elétrica padrão

As empresas apresentam duas ideias para o projeto. A primeira usa excessos de energia para elevar um peso ao topo de um arranha-céu de 1 km de altura. Ao ser liberado, o peso desceria até a base do edifício, acionando um gerador graças à força da gravidade. Na segunda ideia, em vez de um peso, água seria bombeada para o topo do arranha-céu. Nas duas propostas, é possível usar tanto energia de fontes renováveis quanto de uma rede elétrica padrão.

Projeto pode utilizar energia renovável ou rede elétrica padrão. (Imagem: engel.ac/Shutterstock)

As empresas enfrentam alguns desafios práticos na realização do plano, como a capacidade dos arranha-céus em suportar o peso extra, a manutenção dos sistemas e o espaço necessário para a construção dos mecanismos – podendo torná-lo economicamente inviável.

“As estruturas terão a capacidade de atingir vários gigawatt-hora (GWh) de armazenamento de energia gravitacional para abastecer não apenas o próprio edifício, mas também as necessidades energéticas de edifícios adjacentes. O projeto vai, pela primeira vez na história da construção e operação de edifícios, permitir um retorno do carbono em prazos acelerados de 3 a 4 anos”, explica um comunicado de imprensa.

O post Arranha-céus podem ser transformados em baterias gigantes apareceu primeiro em Olhar Digital.