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A revolução do Pix: uma vez que inovar sem perder a segurança

*Por Alex Tabor

Desde o seu lançamento em 2020, o Pix revolucionou o mercado financeiro brasílio, tornando-se o meio de pagamento preposto por milhões de pessoas. Sua principal vantagem está na simplicidade e rapidez: permite transferências em tempo real, 24 horas por dia, sem a urgência de uma maquininha ou verba em espécie. Basta ter uma conta bancária e uma chave PIX, uma vez que CPF ou número de telefone, para iniciar a usar. Essa praticidade trouxe benefícios, principalmente, para quem recebe pagamentos, uma vez que pequenos comerciantes e autônomos, que podem operar sem custos adicionais ou complicações técnicas.

Porém, apesar de sua popularidade, o Pix ainda enfrenta desafios para ser plenamente alcançável. Para quem paga, é necessário um smartphone e entrada à internet, o que pode ser uma barreira para idosos, pessoas com baixa escolaridade ou moradores de áreas rurais. Embora o uso de smartphones e a cobertura de internet tenham desenvolvido significativamente, a inclusão desses grupos ainda exige esforços, uma vez que campanhas de ensino do dedo e melhorias na infraestrutura de conectividade. A implementação de soluções que permitam transações offline, utilizando tecnologias de criptografia e tokenização, pode ser um caminho para ampliar o entrada. Sistemas uma vez que Google Pay e Apple Pay já fazem isso, permitindo que pagamentos sejam iniciados sem conexão ativa do pagador, utilizando a conexão à internet do recebedor.

A segurança também é uma preocupação metódico. Desde os primeiros casos de sequestros-relâmpago e assaltos envolvendo transferências instantâneas, o Banco Medial reagiu rapidamente, impondo limites para transações noturnas e neste mês introduziu um limite de R$ 200 para dispositivos novos ainda não cadastrados uma vez que autorizados no aplicativo do banco (isso só vai utilizar para dispositivos que não estavam em uso antes de 01/12/2024). Embora essas medidas tenham reduzido a ocorrência de crimes, elas também impuseram restrições que afetam a experiência dos usuários legítimos. A procura por soluções que mantenham a segurança sem sacrificar a usabilidade continua sendo um repto.

Outro ponto crítico são os golpes relacionados ao pré-pagamento, em que fraudadores recebem o valor e desaparecem sem entregar o resultado ou serviço prometido. O Mecanismo Peculiar de Restituição (MED) foi criado para mourejar com essas situações, permitindo o estorno em casos comprovados de fraude. Embora ainda pouco utilizado, o MED representa um progresso importante, inspirado no sistema de estorno de cartões de crédito, e precisa ser mais esparso para lucrar a crédito dos usuários.

Uma solução que poderia transformar ainda mais o cenário é a adoção de pagamentos com intermediação, ou “escrow”. Nesse padrão, o valor só seria liberado ao vendedor em seguida a confirmação da entrega pelo comprador. Isso traria mais segurança para ambas as partes e seria principalmente útil em transações online. Aliás, a expansão do uso de tokenização nas transações garantiria que dados sensíveis fossem protegidos, mesmo em ambientes offline, oferecendo uma estrato extra de segurança.

O estabilidade entre acessibilidade e segurança é fundamental para o horizonte do Pix. Soluções que integrem tecnologias uma vez que biometria, tokenização e intermediação podem ampliar o alcance do sistema sem comprometer a proteção dos usuários. A inclusão do dedo, por sua vez, é principal para reduzir fraudes, aumentando a conscientização e capacitando mais pessoas a utilizarem o Pix de maneira segura.

No horizonte, o Pix ainda tem muito a oferecer. Pagamentos por aproximação, parcelamento e débito automático já estão em desenvolvimento no Brasil, e já em operação em sistemas parecidos no exterior, uma vez que por sistemas uma vez que o UPI da Índia e o PayNow de Singapura. A integração internacional também é uma possibilidade, com o Projeto Nexus, do Bank for International Settlements (BIS) propondo um padrão de interface multinacional para facilitar remessas globais.

O Pix já é um exemplo de inovação e eficiência, mas para continuar liderando, precisa evoluir incessantemente. Investir em novas tecnologias, ampliar o entrada em áreas menos conectadas e fortalecer a segurança são passos essenciais para prometer que todos os brasileiros possam usufruir de seus benefícios com crédito e tranquilidade.

* Alex Tabor é CEO da Tuna

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