Você provavelmente tem aplicativo de lojas ou varejistas no celular. E, provavelmente, já desbravou o catálogo e adicionou itens no carrinho, mas, antes de ir às compras, optou por esperar para fechar o pedido em um computador ao invés da telinha.
Se você se identificou com a descrição, não é o único. E, se você parar para pensar, faz sentido: qualquer pedido está a um clique de distância no celular e só o ato de ligar o computador já dá tempo para reavaliar se a compra faz mesmo sentido. Além disso, a tela maior facilita a visualização dos itens e garante que nenhuma informação esteja errada.
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Varejistas, porém, gostariam que esse não fosse o caso. As lojas querem cada vez mais que os consumidores optem pelas compras nos celulares do que nos computadores.
Varejistas preferem compras nos celulares do que nos computadores…
O comércio eletrônico em dispositivos móveis é visto como o futuro das compras. Varejistas, lojas online, companhias áreas e até hotéis estão investindo em seus próprios aplicativos para smartphone. E não só isso: estão investindo em otimizações para tornar os apps chamativos, com notificações personalizadas, ofertas exclusivas e outros recursos que facilitam a compra no celular.
As vantagens são claras: os dispositivos móveis são rápidos e é mais provável que os consumidores sucumbam às compras se recorrerem à facilidade do clique.
O investimento está funcionando:
- Dados da Adobe mostram que, no dia de Natal do ano passado, a receita das varejistas em compras em dispositivos móveis ultrapassou a de computadores, chegando a 61%;
- As compras por impulso também são maiores no celular, de acordo com um estudo da Slickdeals. 48% delas são nos dispositivos móveis, em comparação com 19% em laptops e 10% em computadores;
- A conveniência também é um diferencial. Em 2023, clientes compraram voos no app da United Airlines 123 milhões de vezes, aumento de 23% em relação ao ano anterior;
- Já no Airbnb, 54% das reservas no último trimestre foram feitas no app. A HotelTonight, de propriedade da companhia, inclusive, prioriza os celulares, com mais de 90% das reservas no app e algumas promoções somente nessa modalidade.
… Mas consumidores não concordam totalmente
Ao que parece, apesar do desejo das varejistas, nem todos os clientes são adeptos das compras nos celulares.
Amanda Natividad, 38 anos, vice-presidente de startup de marketing de Los Angeles, contou ao The Wall Street Journal que sempre abre o computador antes de fazer uma compra. Há dois motivos para isso: o primeiro é uma extensão que identifica cupons no navegador e o segundo é a facilidade para preencher seus dados, com gerenciador de senhas.
Logan Medeiros, 23 anos, criadora de conteúdo sobre estilo de vida e beleza, contou que também sempre pega o laptop antes de fazer compras grandes. Segundo ela, a tela maior facilita na hora de comparar sites e preços, além de prevenir compras por impulso.
Esse é o caso de Alexander Lewis, 31 anos, ghostwriter. É muito fácil sucumbir a um desejo com poucos cliques, mas ele criou uma regra: esperar um dia antes de fechar o pedido e sempre fazê-lo pelo computador.
Mas algumas pessoas já se sentem confortáveis o suficiente para comprar pelo celular, como as varejistas querem. Sarah Baicker, 39 anos, gerente de marketing de conteúdo e comunicações, prefere as compras no smartphone, que facilitam o uso pela casa enquanto segue a filha de dois anos. Segundo ela, também é mais conveniente do que ir atrás de um segundo dispositivo.
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