Mesmo após terem se curado da infecção da Covid-19, a maioria das pessoas ainda tem sequelas respiratórias É o que mostra um novo estudo da Universidade de São Paulo, que visa entender os impactos da doença a longo prazo.
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Impactos da Covid-19
Foi descoberto que a gravidade da doença, como necessidade de internação e ventilação, e a idade do paciente tem influência na gravidade.
Depois do fim da emergência global de Covid-19, decretada pela Organização Mundial da Saúde em maio do ano passado, estudos continuam tentando mensurar os impactos do vírus a longo prazo.
Um deles é o artigo Sequelas Respiratórias Pós-Covid-19 Dois Anos Após Hospitalização: Um Estudo Ambidirecional, baseado na pesquisa conduzida pelo professor de medicina da USP Carlos Carvalho.
O estudo acompanhou pacientes de Covid grave internados no Hospital das Clínicas durante a pandemia.
Sequelas a longo prazo
- Os resultados mostraram que, depois de dois anos da infecção, 90% dos participantes tem alguma alteração respiratória;
- Segundo o Jornal da USP, muitas delas são graves, como sinais de inflamações pulmonares e indícios de fibrose;
- Após seis a 12 meses da infecção, uma parcela pequena de 2% apresentou melhora, enquanto 25% apresentou piora nas sequelas;
- Tempo de internação, ventilação mecânica invasiva e idade do paciente também influenciaram nas sequelas.
De acordo com Carvalho, é essencial manter o monitoramento dos pacientes de Covid-19 a longo prazo, já que os dados podem ajudar a prever os impactos na saúde pública nos próximos anos.
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