Em seguida perder diversas lentes fotográficas para os fungos – que se desenvolvem em locais úmidos, escuros e onde há material orgânica –, o fotógrafo publicitário Leonel Tedesco, de 66 anos, construiu, com um material encontrado no lixo, um resultado para armazenar o seu equipamento. A teoria deu notório e originou a PÓP Case, empresa especializada no acondicionamento de lentes, câmeras, HDs, Drones, entre outros aparelhos. Em 10 anos de estrada, mais de 2 milénio unidades já foram comercializadas e agora a empresa deu um passo fundamental para a consolidação no mercado pátrio e internacional: a conquista do registro de patente.
“Era necessário patentear para proteger o invento”, justifica Leonel Tedesco. O espeque do Sebrae no processo foi via Sebraetec, programa criado há mais de 20 anos e que possibilita consultorias por meio de uma rede de prestadores de serviços, de consonância com a urgência empresa, promove o entrada a soluções inovadoras e acompanha todas as etapas para asseverar os melhores resultados.
“Nossa patente foi consolidada em abril deste ano. Depois que conseguimos, compartilhamos nas redes sociais e houve uma grande repercussão, fortalecendo a credibilidade e crédito no resultado. Isto porque nosso concorrente é importado (da China) e os clientes não conseguem a manutenção nem contato com o operário”, explica Tedesco.
Ser um resultado pátrio, permitindo ao cliente falar diretamente com o inventor, ter dois anos de garantia e a manutenção com videochamada são diferenciais que somados à patente geraram um movimento 50% maior de procura e conversão em vendas.
Leonel Tedesco, empreendedor
A diretora de marketing da empresa, Dagma Castro, conta que a parceria por meio do Sebraetec foi um processo hábil e facilitado, que demandou um tempo maior de entrega dos materiais técnicos de desenhos e textos sobre todas as características do resultado que o classificam uma vez que único na tecnologia que aplica para desumidificar o envolvente onde os equipamentos ficam guardados. “Vencido esse processo interno, logo veio a certificação. Para a nossa empresa, gerou a segurança de ter um resultado que é único no mercado e possibilita o investimento dos nossos clientes para compra, para que as lentes e câmeras, que não são baratas, estejam asseguradas em um PÓP Case”, explica.
A empresa já tem importantes clientes, uma vez que a Rede Orbe, a filial de notícias France Presse (AFP), órgãos do governo federalista, universidades, além de grandes produtoras de cinema e locadoras de equipamentos fotográficos. A estimativa é de um mercado de 2 milhões de possíveis consumidores.
“Para trabalhar esse potencial, precisamos nos organizar mais e estruturar algumas áreas, onde entra a importante parceria com o Sebrae. Neste momento, estamos trabalhando, com novidade pactuação, com um planejamento estratégico da empresa, o que vai nos fortalecer para esses futuros processos”, comenta a diretora de marketing da empresa, que vê a possibilidade de vender também para outros países, principalmente da América Médio e América do Sul, onde o clima tropical influencia diretamente na subida umidade relativa do ar.
Risco de equipamentos vendidos pela Póp Case. Foto: Divulgação
Porquê funciona o equipamento?
O PÓP Case trata-se de um armário desumidificador, que mantém o envolvente com umidade controlada. Dessa forma, protege e preserva lentes, câmeras e outros equipamentos fotográficos da exposição à umidade e proliferação de fungos, que se alimentam de seus elementos ópticos de revestimento protetor.
Isso pode originar a interrupção da passagem da luz para o sensor da câmera, comprometendo todo processamento da imagem no equipamento. Lentes infectadas por fungos dificilmente são recuperadas, causando danos irreversíveis e a perda totalidade dos equipamentos.
Sebraetec
O Sebraetec contempla mais de 70 produtos, divididos em quatro eixos: desenvolvimento tecnológico, design, produção, qualidade e sustentabilidade. Em média, 70% dos custos das consultorias são subsidiados pelo Sebrae, mas os percentuais podem ser superiores dependendo do financiamento dos parceiros.
Somente em 2023, o programa que viabiliza aos pequenos negócios o entrada a serviços tecnológicos para inovação, por meio da melhoria de processos, produtos e serviços, atendeu mais de 73 milénio empresas com um investimento de muro de R$ 413 milhões – o maior volume de recursos desde o início do programa. Toda essa preparação tem gerado resultados positivos, de consonância com pesquisa qualitativa com quem passou pelas consultorias: 60% dos pequenos negócios atendidos aumentaram o faturamento; 79% obtiveram retorno do investimento; 85% melhoraram a qualidade dos produtos e serviços; e 73% reduziram custos.