Um grupo de cientistas, incluindo vencedores do Prêmio Nobel, fez apelo global para serem suspensas todas as pesquisas relacionadas à geração de “micróbios espelhados“. Segundo eles, esses organismos representam risco sem precedentes à vida no planeta.
O transe do espelhamento da vida
- As bactérias-espelho, descritas em cláusula publicado na Science, são criadas a partir da imagem espelhada de moléculas naturais;
- Em teoria, esses micróbios poderiam estabelecer-se no meio envolvente e evoluir de forma imprevisível, ameaçando seres humanos, animais e vegetalidade;
- O estudo destaca que os principais riscos envolvem a possibilidade de infecções letais;
- Os pesquisadores alertam: “A menos que evidências convincentes demonstrem que a vida espelhada não oferece danos sérios, todas as pesquisas desse tipo devem ser interrompidas imediatamente”;
- Apesar da preocupação, os cientistas apontam que ainda há tempo para um debate ético e para a realização de pesquisas responsáveis, desde que seja comprovado que tais organismos não representam transe à saúde humana e ambiental.
“Esse cláusula acendeu um alerta vermelho na comunidade científica, principalmente na biologia molecular e na farmacologia/medicina”, disse, ao Olhar Do dedo, o Dr. Alvaro Machado Dias, neurocientista, futurista e colunista do Olhar Do dedo News.
“Por razões misteriosas, que, provavelmente, têm a ver com a maneira uma vez que o campo magnético da Terreno interage com as moléculas, os aminoácidos, elementos constitutivos das proteínas, são organizados nessas de maneira homoquiral [em uma só direção]. Você tem um primeiro aminoácido e uma organização que puxa para a esquerda”, explica Dias.
“E, oferecido que a estrutura de uma proteína e seus elementos moleculares, atômicos e subatômicos, na estrutura constitucional da mesma, vão ordenar o que essa proteína faz, se eu simplesmente espelhar as ligações e fizer uma proteína que, ao invés de retirar para a esquerda, ela puxa para a direita, ou vice-versa, ela vai funcionar da mesma maneira”, descreve o neurocientista.
Organismos são estruturados em cima de proteínas. Hoje, a gente tem risca de pesquisa grande na geração da vida. Nesse sentido, imagina que a gente está tentando fabricar uma bactéria sintética.
Se crio uma bactéria sintética, que ela é quiral à esquerda, ela é uma vez que todas as outras. Ela vai invadir o organização e o organização vai identificar aquilo, a partir das suas sentinelas, de seu sistema imunológico, uma vez que um transe e vai atacá-la. E o organização vai permanecer numa boa.
Agora, imagina que eu crio essa mesma bactéria sintético, esse mesmo clone, só que ele é quiral à direita. Ele é igual em todos os aspectos, exceto nesse.
Dr. Alvaro Machado Dias, neurocientista, futurista e colunista do Olhar Do dedo News
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Ainda de negócio com o futurista, “nossas células de resguardo não vão reconhecer aquilo uma vez que uma bactéria, porque a vida é reconhecida a partir dessa quiralidade, ou homoquiralidade [propriedade da vida que ainda não tem origem bem explicada], à esquerda, e a bactéria, consequentemente, vai poder passar pelo nosso sistema imunológico numa boa. Aí está o risco“.
Ciência avança, mas os riscos permanecem
Embora a tecnologia necessária para fabricar um micróbio-espelho ainda não exista, especialistas acreditam que tal progresso será teoricamente verosímil em uma dezena. Alguns pesquisadores já começaram a explorar essa possibilidade, o que gerou a preocupação do grupo de 38 cientistas signatários do alerta.
O apelo pretende não somente suspender os trabalhos em curso, mas, também, desencorajar o financiamento desses projetos por mecenas e instituições.
Risco de “cenário de ficção científica”
Os pesquisadores destacam ainda que o temor de um erro laboratorial com consequências catastróficas, uma vez que a geração de um patógeno capaz de dizimar populações, não se limita à ficção científica. Esse risco, embora improvável, é real e suficiente para justificar medidas preventivas imediatas.
Oferecido o caminho da ciência, essa é uma bandeira vermelha seríssima, e um dos motivos pelos quais a gente vem discutindo cá a tese de que patógenos sintéticos podem simbolizar a maior prenúncio para o declínio civilizatório entre todas, talvez até mais, que a segunda e eminente, que é o aquecimento global.
Dr. Alvaro Machado Dias, neurocientista, futurista e colunista do Olhar Do dedo News
O pedido reforça a premência de cautela e responsabilidade no progresso das fronteiras científicas, colocando, em foco, o estabilidade entre inovação e segurança global.
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