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O I Seminário “Artesanato Brasiliano – Mãos que Promovem o Brasil”, realizado nos dias 10 e 11 de dezembro no Núcleo Sebrae de Referência do Artesanato Brasiliano (CRAB), no Rio de Janeiro, trouxe à tona a prestígio do artesanato porquê vetor estratégico para o desenvolvimento regional, a valorização cultural e a inclusão social. Reunindo especialistas, gestores públicos, pesquisadores, economistas e artesãos, o evento abordou as tendências, desafios e oportunidades do setor.
O objetivo do evento foi trazer dados e informações da enxovia de valor do artesanato e debater estratégias para alavancar o desenvolvimento sustentável do território e biomas, aumentar a competitividade e produtividade, protegendo o patrimônio intangível, agregando valor aos produtos e transmutar relações comerciais em desenvolvimento para as comunidades, tornando-se um exemplo vernáculo de trabalho integrado.
O seminário foi desobstruído pelo diretor de Desenvolvimento do Sebrae Rio, Sergio Súcia. “O contexto global aponta para uma valorização crescente do artesanato, prevendo o impulsionamento de uma economia artesanal inclusiva e sustentável. Uma vez que Núcleo de Referência e Polo de Conhecimento, o CRAB tem porquê missão ser um ator chave para a debate da rede artesanal, atuando porquê produtor e disseminador de teor e tendências para artesãos, consumidores de artesanato, lojistas, enxovia produtiva, pesquisadores da superfície, além de outros públicos”, disse Sergio Súcia. Foram dois dias de debates.
As palestras e painéis reuniram especialistas renomados do mercado de artesanato, porquê Marcos Lelis, que falou sobre “Desempenho Econômico Atual e a Dinâmica do Artesanato”. Já o pintura “Artesanato: Instrumento para o Desenvolvimento Territorial” foi transportado pela designer Lia Krucken. Os debates contaram ainda com a participação do professor Márcio Sá e da lojista Rosângela Fidelis Martiniano.
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Mais do que uma atividade econômica, o artesanato conecta práticas culturais e econômicas, atuando em áreas estratégicas porquê turismo, tendência e gastronomia. Conforme discutido, sua valorização está diretamente ligada à qualificação de produtores, entrada a novos mercados e políticas públicas inclusivas. Com ações muito estruturadas e uma governança sítio fortalecida, o setor pode se tornar uma força motriz para o desenvolvimento regional, mormente em comunidades vulneráveis. A integração com setores porquê o turismo e a economia criativa potencializa o impacto do artesanato.
Lia Krucken revelou que não existe uma receita pronta. Ela conta que, para cada situação, utiliza ferramentas de design e trabalha junto com cada comunidade.
É fundamental perceber o que é importante para o outro. Aprender que a pluralidade é o valor. Ter empatia, escuta profunda para entender outros territórios, outras demandas outras formas de viver.
Lia Kruken, designer.
Entre os principais desafios do setor estão a comercialização, a sustentabilidade e a visibilidade. Márcio Sá, professor pesquisador da UFPB, apresentou segmento da sua pesquisa sobre o perfil do artesanato no Nordeste brasílio, enfatizando a premência de maior base à infraestrutura e à preservação das tradições culturais. “Uma das tendências é a da adesão, do engajamento com a dinâmica de mercado mais convencional na qual o empreendedorismo faz segmento. Eventos, feiras de artesanato funcionam porquê força motriz de vendas e comercialização”, lembrou Márcio.
Dados em destaque
O Brasil tem mais artesãos formalizados do que trabalhadores no setor calçadista. São tapume de 600 milénio empregos diretos.
Pretos e pardos compõem 53% dos artesãos, com mulheres representando a maior segmento desse público.
Estados porquê Tocantins, Roraima e Rondônia lideram o prolongamento do setor, enquanto Minas Gerais enfrenta desafios.
No seminário, ficou evidente que a integração de setores econômicos e a implementação de um projecto sustentável e estratégico para o artesanato reafirmam sua prestígio porquê um agente transformador. O caso da Morada Wariró demonstra que, com planejamento e visão de longo prazo, é provável transformar iniciativas locais em modelos de sucesso replicáveis em outras regiões do Brasil.
A experiência prática foi apresentada por Rosângela Fidelis Martiniano, indígena que há três anos atua porquê gerente administrativa de Morada Wariró. Iniciativa de sucesso no Rio Preto, a Morada Wariró transformou-se em um ponto de referência para artesãos indígenas, gerando impacto positivo nas comunidades locais. Apesar de desafios financeiros iniciais, a gestão implementou estratégias de diversificação de produtos, fortalecimento de parcerias e reorganização administrativa, tornando-se um exemplo de estabilidade entre tradição cultural e sustentabilidade econômica.
O seminário foi encerrado com um workshop mediado por Dorotea Naddeo, ex-coordenadora do Programa do Artesanato Brasiliano (PAB), focado em estratégias para integrar o artesanato a outros setores econômicos.
Acreditamos que o artesanato pode ser um poderoso motor de transformação social e econômica, desde que seja tratado porquê um setor estratégico.
Dorotea Naddeo, ex-coordenadora do PAB.
A mediadora trouxe para reflexão uma visão estratégica fundamentado em estudo, elaboração e organização de ações voltadas à governança sítio e ao desenvolvimento sustentável do artesanato. Essa abordagem inclui:
Identificação de vocações territoriais: examinar se o artesanato é uma vocação preponderante no território e identificar outros setores com potencial de integração, porquê turismo e cultura.
Elaboração de um projecto integrado: desenvolver estratégias que conectem os setores de forma sustentável, promovendo inovação e preservando saberes tradicionais.
Estruturação da governança sítio: implementar um projecto de desenvolvimento sustentável e integrado, fortalecendo redes de atores locais e promovendo políticas públicas inclusivas.
O evento reforçou ainda que o artesanato brasílio é mais do que um ofício manual; é um patrimônio vivo que une originalidade, identidade cultural e desenvolvimento sustentável, construindo um horizonte mais equilibrado para as comunidades e para o país. Além das discussões, o seminário ofereceu experiências culturais, porquê a visitante à mostra de artesanato alagoano chamada Das Lagoas ao Imaginário Popular, ocasião oficialmente dia 10/12 com coquetel e apresentação do Quarteto da Orquestra Filarmônica de Alagoas.
Sobre o CRAB
Inaugurado em um prédio histórico da Terreiro Tiradentes, no Rio de Janeiro, no Núcleo do Rio de Janeiro, o CRAB realiza atividades que reforçam sua missão de promover o artesanato vernáculo e contribuir para qualificar a imagem dos produtos feitos à mão no Brasil. Com uma rica programação de conteúdos e exposições, o CRAB celebra as manifestações culturais relacionadas ao artesanato, atraindo o público para o diálogo. O CRAB também é uma instrumento mercadológica importante para o aperfeiçoamento e capacitação do setor socioeconômico, dando visibilidade às identidades culturais de todo o território brasílio.
Desde sua inauguração, o CRAB realizou 33 grandes exposições e sinais; reestruturou seu montão e sua política de conservação e catalogação de peças; desenvolveu, captou e disseminou conteúdos estratégicos do artesanato; estabeleceu o Programa de Visitas Guiadas, o Programa Educativo e o Programa Ocupações (com sinais de artesanato de todo o país); além de ter participado de diversos eventos estratégicos que contribuíram para o seu posicionamento enquanto equipamento cultural que dissemina conhecimento e experiências inventivas.
Em suas galerias estão ou passaram importantes trabalhos de artesanato, revelando histórias, origens e territórios. Atualmente, abriga uma coleção de 1.900 itens de todos os tipos, que representam a sentença da cultura popular e da originalidade brasileiras. Entre as obras mais significativas estão as cerâmicas de Zezinha do Vale de Jequitinhonha (MG), de João Borges (Teresina-PI), de João das Alagoas (Capela-AL), Maria Sil (Capela-AL), Rabi Nuca; as esculturas em madeira de Abelardo dos Santos (Ilhéu do Ferro-PI), e o epiderme variegado de Rabi Espedito Seleiro (CE).
O CRAB, localizado na Terreiro Tiradentes, no Núcleo da cidade, é um sítio de memória urbana e um importante província criativo do Rio de Janeiro. A região combina valor histórico, cultural, turístico, gastronômico e de entretenimento. Todo o espaço possui uma estrutura moderna e sofisticada que convive com o padrão construtivo do século XVIII. Esse cenário arquitetônico revitalizado valoriza e destaca o artesanato brasílio, contribuindo para a asseveração cultural da Terreiro Tiradentes e de sua superfície de influência.
Serviço
Endereço: Terreiro Tiradentes 69/71, Núcleo do Rio de Janeiro
Funcionamento: terça-feira a sábado, das 10h às 17h
Ingresso: ingresso franca (mediante documento com foto)
Website do CRAB