Um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano, a chuva de meteoros Geminídeas vai atingir seu pico entre sexta-feira (13) e sábado (14), madrugada que representa a melhor oportunidade para ver incríveis “estrelas cadentes”, que, nesse caso em específico, são muito brilhantes e podem ser até coloridas

Sobre a chuva de meteoros Geminídeas:

  • Também chamadas de Gemínidas, essa chuva de meteoros se dá todos os anos, entre 4 e 17 de dezembro;
  • Nos dias de atividade máxima, é provável observar até 120 meteoros por hora, dependendo do lugar do observador e das condições do firmamento;
  • Nascente ano, com a Lua quase enxurrada, a visualização pode ser um pouco desfavorecida.
Observatório Heller & Jung, no Rio Grande do Sul, equipado com 20 câmeras, registrou em torno de 1.280 meteoros da chuva Geminídeas durante sete horas na segunda-feira (9). Crédito: Observatório Heller & Jung

Cá no Brasil, espera-se que seja provável ver supra de 50 meteoros por hora, dependendo das condições meteorológicas e do lugar de reparo. De convénio com Carlos Fernando Jung, pesquisador e responsável pelo observatório Heller & Jung, localizado no município de Taquara (RS), a luminosidade da Lua pode ofuscar meteoros de menor magnitude, mas não interfere na visualização das câmeras.

Na última segunda-feira (9), as mais de 20 câmeras do observatório capturaram, juntas, em torno de 1.280 meteoros ao longo de sete horas, a partir da meia-noite. Segundo Jung, foram registradas em média 64 ocorrências por cada equipamento.

Geminídeas é uma chuva de meteoros dissemelhante

A maioria das chuvas de meteoros é gerada por detritos da passagem de cometas. No caso da Geminídeas, no entanto, ela é formada por resíduos do asteroide 3200 Faetonte – uma rocha espacial que “imita” o comportamento de um cometa. 

Esse asteroide mede em torno de 5,8 km de largura e, conforme se aproxima do Sol, vai se tornando mais refulgente (de forma parecida com a que fazem cometas, que são aquecidos e ficam mais ativos e brilhantes quando perdem gases e poeira com o calor). Os cientistas creditam a “atividade cometária” de Faetonte ao sódio.

Chuva de meteoros Geminídeas registrada pelo Observtório Heller & Jung em 2022. Crédito: Observatório Heller & Jung

Por serem mais densas que o habitual, as pequenas rochas espaciais oriundas desse asteroide entram em nossa atmosfera de maneira muito mais lenta, gerando rastros luminosos duradouros e até bolas de queimada esverdeadas.

Evento pode ser visto a olho nu

A chuva de meteoros Geminídeas, assim uma vez que qualquer outra, é visível a olho nu. Ela pode ser observada de qualquer lugar do Brasil. Porquê o próprio nome sugere, seu radiante (ponto onde os meteoros aparentam convergir) é a constelação de Gêmeos. 

É recomendável usar um app ou site de astronomia (uma vez que Star Walk, Stellarium ou SkySafari) para ajudar a localizar a constelação de Gêmeos no firmamento e checar o melhor horário de visibilidade em sua cidade.

Embora os meteoros desta chuva pareçam partir sempre da direção da Constelação de Gêmeos, não é preciso olhar para essa região para vê-los, já que eles podem ocorrer em qualquer segmento do firmamento. A localização do radiante serve unicamente para diferenciar os meteoros geminídeos dos outros meteoros esporádicos que possam surgir durante a noite. 

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