Estimular a elaboração de projetos e estratégias de comercialização e de divulgação das centenas de roteiros turísticos brasileiros para o mercado extrínseco. Esse foi o objetivo da palestra do diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Dependência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Bruno Reis, nesta quarta-feira (11), durante o Impulsiona Turismo, evento promovido pelo Sebrae, em Brasília, que reúne gestores, empresários e representantes do setor para apresentar os avanços do programa Agentes de Roteiro Turístico (ART).
Durante a apresentação, o representante da Embratur ressaltou para os participantes que a forma de enaltecer a variedade de possibilidades de turismo deve ser dissemelhante para cada país. Para isso, a estudo do resultado, do mercado e de competitividade são algumas das iniciativas necessárias para levar os roteiros para o exterior.
Um dos cases expostos foi o da empresa El Galanteio Inglês, na Espanha, que conseguiu transmutar uma ação de experiência do país em suas lojas e nas redes sociais em mais de 35 milénio passageiros entre outubro de 2023 e janeiro deste ano, alcançando 87 milhões de impressões. “A atuação precisa estar ligada a uma experiência e deve-se investir no retorno para a compra de produtos turísticos, com performance de venda, comercialização”, explicou Bruno Reis. Outra ação foi promovida pela empresa pública voltada para a exposição da Amazônia no mercado dos Estados Unidos – a Visit Brazil Gallery –, que foi desenvolvida em parceria com o Sebrae.
Foto: Duda Rodrigues.
O concepção é que o Brasil é uma verdadeira obra de arte. Por isso, levamos para as galerias de arte experiências gastronômicas, sensoriais e culturais da região. Não fizemos somente a galeria, tivemos sinergia entre as ferramentas para posicionar a Amazônia naquele mercado. Se isso não ocorrer, não teremos turista estrangeiro novo nos nossos produtos de turismo.
Bruno Reis, diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur
O gestor colocou a Embratur à disposição das unidades do Sebrae na expansão dos roteiros no mercado extrínseco.
Parque Ecológico Rio Formoso, que fica em Bonito, no Mato Grosso do Sul. Foto: Divulgação.
Lei Universal do Turismo
A novidade legislação brasileira para o setor, sancionada em setembro, foi o tema de outra palestra no evento com o objetivo de possibilitar um alinhamento entre os agentes do setor, que movimentou mais de R$ 20,4 bilhões em 2023. A apresentação foi feita pelo encarregado da assessoria de Privativo de Assuntos Técnicos do Ministério do Turismo (MTur), Wilker Souto.
O encarregado da assessoria de Privativo de Assuntos Técnicos do Ministério do Turismo (MTur), Wilker Souto. Foto: Duda Rodrigues.
A novidade Lei Universal do Turismo (LGT), que ainda precisa de regulamentação, desburocratiza procedimentos, favorece uma maior aproximação entre poder público e iniciativa privada, valorizando destinos e garantindo mais competitividade, além de aprimorar o envolvente de negócios – formado majoritariamente por microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).
A iniciativa reforça a atuação de quem já trabalha com turismo no país, além de reconhecer, fortalecer e promover mais segurança jurídica aos profissionais do segmento, que agora são reconhecidos uma vez que aqueles ligados à calabouço produtiva do setor. Um dos destaques da legislação é a ampliação da possibilidade de registro no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) para vários segmentos.
Microempreendedores individuais, serviços sociais autônomos e associações privadas de turismo poderão obter o registro. Também é dada permissão aos parques aquáticos, de diversões e às atrações e aos empreendimentos turísticos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer.