Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) aponta que 16% do volume total de vendas do comércio no Brasil foram feitas via canais digitais como sites, aplicativos e e-mails no primeiro trimestre de 2024. Este é o quarto trimestre consecutivo de alta nas vendas online no país.
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Vendas online têm ganhado cada vez mais espaço
Segundo o levantamento, as vendas online totalizavam 15,5% nos três meses imediatamente anteriores (outubro a dezembro de 2023). O patamar de 16% é o maior para o comércio digital desde o segundo trimestre de 2021 (21,2%). À época, as restrições de mobilidade provocadas pela pandemia de Covid-19 prejudicavam o consumo nas lojas físicas. Já a parcela digital antes da crise sanitária era de 9,2%.
A gente observa um avanço sútil das vendas online no primeiro trimestre, mas, ao longo do tempo, vê que elas estão ganhando mais espaço. Houve uma variação expressiva no período pandêmico devido às restrições [à circulação de pessoas]. Os empresários do comércio adquiriram know-how, uma bagagem de conhecimento, sobre as vendas online.
Geórgia Veloso, economista do FGV Ibre
Conforme a pesquisa, o desempenho no primeiro trimestre de 2024 foi puxado pela alta dos negócios digitais no chamado varejo restrito, com destaque para a atividade de livros, jornais, revistas e papelaria. Esse aumento pode ser associado à compra de materiais escolares para a volta às aulas.
Por outro lado, houve recuo nas vendas online em segmentos como veículos, motos e peças e material para construção. Segundo o estudo, estas são atividades afetadas pelo período de férias escolares e Carnaval.
A previsão é que as vendas online continuem ganhando fôlego neste ano. Isso porque o Brasil vive um momento de redução dos juros, aumento da renda e trégua da inflação.
Algumas empresas ainda estão fora do ambiente virtual
- O FGV Ibre também calculou o percentual de empresas do comércio que não realizam vendas online.
- No primeiro trimestre de 2024, foram 32,8%, acima do nível de 30,2% dos três meses anteriores.
- A alta pode estar associada à movimentação turística do período, que favorece as transações presenciais, indica a pesquisa.
- Em torno de 800 empresas participam do levantamento, que abrange lojas de diferentes portes, setores e regiões do país.
- As informações são da Folha de São Paulo.
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