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A corrida contra a escassez do mercado de cibersegurança

*Por Julio Cesar Fort

A escassez de profissionais qualificados em cibersegurança se tornou uma verdadeira corrida contra o tempo em um mundo cada vez mais do dedo e vulnerável. Com o progressão tecnológico e a crescente sofisticação dos ataques, o setor corporativo está sedento por especialistas cada vez mais raros e capazes de proteger instituições contra ameaças.  Segundo dados da Fortinet, a vazio global já soma 4 milhões de vagas, sendo que 750 milénio delas estão presentes no Brasil. 

Já de conformidade com um relatório da Gartner, 63% dos líderes de TI indicam que a falta de profissionais em cibersegurança é um dos maiores obstáculos para a adoção de novas tecnologias. Isso demonstra que o problema vai além da segurança cibernética, afetando diretamente a capacidade das instituições de inovar e se harmonizar às novas demandas digitais, ampliando os impactos negativos da escassez.

Mas o que está realmente por trás desse déficit, e porquê podemos resolver esse problema antes que ele se torne uma ameaço intransponível?

Um dos principais fatores que contribuem para o cenário é a própria dificuldade da extensão. A formação de profissionais qualificados exige uma base sólida em diversas frentes da tecnologia, porquê redes, criptografia, gestão de riscos e sistemas operacionais. O repto, logo, se torna ainda maior para iniciantes, que, mesmo com boa formação acadêmica, encontram dificuldades em obter as experiências e habilidades práticas que o mercado exige. O resultado é um preenchimento complicado das vagas, pois as empresas buscam profissionais com experiência consolidada, um pouco que leva anos para ser construído.

Outrossim, há de se sobresair que a cibersegurança exige uma atualização uniforme. As ameaças cibernéticas evoluem de forma rápida, exigindo que os profissionais estejam sempre em treinamento para mourejar com novas vulnerabilidades e ataques. Isso acaba criando uma barreira de ingresso maior para novos talentos, pois o processo de formação é contínuo e dinâmico, dificultando a qualificação de mão de obra de forma rápida e eficiente. A competitividade no mercado, com empresas disputando muitas vezes os mesmos talentos, também contribui para tornar os profissionais ainda mais escassos e cobiçados.

Trabalho conjunto

No Brasil, algumas iniciativas já tentam mitigar essa carência. Programas porquê o Hackers do Muito, uma parceria entre a Rede Pátrio de Ensino e Pesquisa (RNP) e o SENAI, têm oferecido cursos gratuitos com foco em democratizar e expandir a  formação em cibersegurança. Ações porquê essa são essenciais para democratizar o aproximação à curso, permitindo que milhares de novos talentos se qualifiquem para o mercado, além de promover uma maior variação no setor. São passos importantes, porém ainda insuficientes diante da demanda crescente.

A participação mais ativa do governo e do próprio mercado corporativo será fundamental para reduzir o déficit de profissionais. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Vivenda Branca implementou uma iniciativa para preencher 500.000 vagas de cibersegurança, com foco em treinamentos baseados em habilidades práticas, substituindo as exigências acadêmicas tradicionais. Esse tipo de abordagem pode e deve ser replicado no Brasil, com o desenvolvimento de programas mais flexíveis que valorizem a experiência prática e o aprendizagem contínuo na extensão.

A solução para a escassez de profissionais em cibersegurança exige, portanto, um esforço conjunto entre todos os players. Exclusivamente com uma abordagem colaborativa e estratégica será provável atender à crescente demanda por cibersegurança e prometer que o desenvolvimento tecnológico siga avançando de forma segura e sustentável. O horizonte do dedo está em jogo, e vencer essa corrida pode ser uma questão de proteção e sobrevivência.

*Julio Cesar Fort é Diretor da Blaze Information Security, uma das principais empresas globais especializadas em segurança ofensiva com foco em pentest  (teste de intrusão) e desenvolvimento seguro contra ataques cibernéticos.

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