As mudanças climáticas estão causando diversos impactos no nosso planeta. E é evidente que os animais também estão sofrendo estas consequências. Um dos exemplos apontados por um novo estudo são os ursos polares.
De contrato com pesquisadores, a espécie está desenvolvendo feridas nas patas em função do aumento das temperaturas no Ártico. Nos casos mais graves, os cientistas identificaram cortes profundos e incapacitantes nos animais.
Animais não estão mais conseguindo passar
- Segundo o estudo, publicado na revista Ecology, esta é a primeira vez que são observadas tais lesões em ursos polares.
- Em alguns casos, os animais não conseguem passar e até mesmo andam com muita dificuldade.
- As feridas estão sendo causadas devido à neve lamacenta que fica grudada nas patas dos ursos polares.
- Isso acaba prejudicando a aderência que a espécie precisa para marchar em superfícies escorregadias.
- Em alguns casos, a neve que se acumulou e depois congelou formou blocos de gelo medindo 30 centímetros de diâmetro.
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Machos adultos são os mais afetados
Os pesquisadores afirmam que murado de um em cada quatro ursos polares que vivem em duas populações no setentrião da Groenlândia apresentam ferimentos relacionados ao gelo. Os animais mais afetados são machos adultos, que tendem a percorrer distâncias maiores e são muito mais pesados que fêmeas ou filhotes.
Os números são alarmantes: 31 dos 61 ursos da população da Bacia de Kane tiveram laceração, ulceração da pele ou acúmulo de gelo nas patas. Entre 2012 e 2013, 73% dos machos adultos dessa população foram afetado. Já no leste da Groenlândia, entre 2018 e 2022, somente quinze dos 124 ursos polares apresentaram ferimentos semelhantes.
Os pesquisadores propuseram várias explicações para o fenômeno. O acúmulo de gelo e as lacerações podem resultar do aumento das temperaturas no Ártico, com períodos de calor levando a neve úmida e ciclos de refrigeração e degelo que criam gelo quebradiço no qual os ursos polares cortam os pés.
As mudanças climáticas também estão causando chuvas mais frequentes no Ártico, transformando a neve em lodo que se aloja nas patas dos animais, onde congela. Temperaturas mais quentes também fazem com que a neve da superfície derreta e depois congele novamente em uma crosta dura, que os pesados ursos polares quebram quando a pisoteiam, gerando ferimentos.
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