São Paulo está se tornando o epicentro das chamadas deep techs, startups com foco no desenvolvimento de tecnologias baseadas nas mais recentes descobertas científicas. Um novo levantamento mostra que 70% delas estão no Sudeste, sendo que murado de 55% estão situadas no estado.
A informação é do Relatório Deep Techs Brasil 2024, transportado pela Emerge em parceria com o Cubo do Itaú e a CAS. Os dados também mostram que, apesar de essas empresas estarem ganhando espaço no contexto vernáculo, ainda crescem em ritmo lento.
As deep techs dominam São Paulo
- O novo levantamento mapeou 875 deep techs em todo o Brasil.
- Desse totalidade, quase 70% estão localizadas na região Sudeste, e 55,2% em São Paulo.
- Um dos principais motivos é que o estado tem maior disponibilidade de recursos voltados ao fomento de startups.
- O Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, é um deles — 28% das startups já receberam pedestal do programa, segundo o levantamento.
- São Paulo também abriga os maiores centros de inovação do país, proporcionando base para que as organizações surjam e se estabeleçam.
- No universal, programas de fomento à inovação em todo o país também estão contribuindo para o desenvolvimento das deep techs, uma vez que o Inova Amazônia.
Leia mais:
- USP/Ipen seleciona 20 deep techs para programa de desenvolvimento
- Hard tech x Deep tech: entenda as diferenças e uma vez que elas impactam os negócios e a sociedade
- Startup promete ponte entre brasileiros e big techs
Incremento de startups ainda é lento
Embora as deep techs brasileiras estejam ganhando espaço, seu desenvolvimento ainda é lento. A maioria leva, em média, mais de cinco anos para conseguir etapas significativas de expansão. Existem empresas que já atuam há mais de uma dezena e ainda não conseguiram escalar seu trabalho, informam os autores do relatório.
Muitas dessas startups enfrentam dificuldades para obter financiamento e seguem dependentes de programas públicos de incentivo, uma vez que os da FAPESP, Finep e Sebrae.
Unicamente 30% das deep techs avançaram para fases de escalonamento e comercialização, enquanto a maioria ainda se concentra no desenvolvimento inicial de suas tecnologias. Programas de subvenção, fomento público e investidores-anjo representam 70% dos investimentos recebidos pelas organizações. Das que recebem mais de R$ 5 milhões em investimentos, 70% provêm de recursos públicos.
Os autores explicam que é provocador impulsionar o negócio, já que os programas de fomento são focados em estribar a tempo inicial dos projetos, sendo improvável manter-se somente com eles.
Durante essa transição, [deep techs] enfrentam um tropeço crítico relacionado ao capital, pois as fontes de fomento público geralmente não se aplicam a esse estágio de maturidade e os investimentos privados são escassos, devido ao risco associado à baixa maturidade tecnológico
Trecho do relatório
Áreas em que as deep techs estão crescendo
As deep techs brasileiras geralmente focam em produzir tecnologias inovadoras que possam ser vendidas diretamente ou licenciadas para grandes empresas, mormente nos setores de saúde e agronegócio.
Entre 2015 e 2024, os setores de saúde e agronegócio tiveram taxas de desenvolvimento anual de 19,8% e 20,8%, respectivamente, em risca com o desenvolvimento médio de outros setores, que é de 18,8%.
Segundo os autores do relatório, esse oferecido mostra que, apesar da relevância desses dois setores, há uma expansão de startups deep techs para áreas variadas, diversificando as oportunidades de mercado para essas empresas.
O post SP abriga mais da metade das startups científicas e tecnológicas do Brasil apareceu primeiro em Olhar Do dedo.