Duas startups brasileiras comandadas por mulheres foram reconhecidas por seu potencial mercantil e inovador pela Confederação Empresarial de Mulheres do BRICS+ (BWA). A conquista aconteceu durante a final do Concurso BRICS Women’s Startups 2024, que aconteceu no último dia 18, em Moscou, na Rússia, durante a programação do Fórum Empresarial do grupo.
As soluções desenvolvidas pela startup Mundi, de Santa Catarina, e pela Pluvi, de Pernambuco, foram avaliadas entre mais de milénio mulheres inscritas de 28 países, incluindo as 11 nações que, atualmente, compõem o BRICS e países chamados de “amigos do BRICS”. Entre as brasileiras foram 147 startups femininas participantes, sendo a maioria da base de atendimento do Sebrae.
Apesar de crescente, o número de mulheres adiante de negócios de tecnologia está muito aquém do esperado. Estima-se que exclusivamente 30% das startups de tecnologia no Brasil têm mulheres em cargos de liderança.
A startup Mundi é um exemplo com uma equipe majoritariamente feminina. A empresa catarinense foi vencedora na categoria Instrução, com uma plataforma que utiliza simulações gamificadas realistas para desenvolver competências e promover engajamento em áreas porquê inovação, empreendedorismo e sustentabilidade.
Com clientes em seis países, as simulações da Mundi disponíveis em português, inglês e espanhol já tiveram a interação de participantes de mais de 20 países, em formatos presencial, remoto e híbrido. Entre os clientes, além de universidades e órgãos governamentais, destacam-se grandes empresas porquê JP Morgan, Embraer, Samsung, Adidas, entre outras.
 Carolina Vidotti (núcleo), sócia da Mundi, representou a empresa no Concurso BRICS Women’s Startups 2024, na Rússia. Foto: BRICS WBA.
“Estamos buscando uma expansão internacional e, particularmente, a superfície da Instrução não é tão priorizada em termos de investimento. O prêmio nos dá um gás porque ter uma startup não é fácil e ter uma startup liderada por mulheres é mais difícil ainda”, avalia Carolina Vidotti, sócia da Mundi e responsável pela expansão mercantil no Brasil. Ela representou a empresa em Moscou, na Rússia.
Segundo Carolina, participar do concurso trouxe a certeza da preço da ensino porquê fator de desenvolvimento de programas de impacto em muitas áreas priorizadas pelos países em desenvolvimento que fazem segmento do BRICS. Porquê exemplo, ela cita ESG, Indústria Criativa, Lucidez Sintético, Lavradio, entre outras.
O horizonte é feminino
Nascida dentro da Universidade Federalista de Pernambuco (UFPE), a Pluvi é uma startup incubada no Polo Tecnológico e Criativo, sob a mentoria científica da Profª Sávia Gavazza. A startup consegue transformar chuva da chuva em chuva potável para consumo humano seguro, sem produtos químicos. Fruto de mais de 17 anos de estudo científico, a solução chamada PluGow garantiu o prêmio na categoria Inovação e Infraestrutura.
A CEO e sócia fundadora da Pluvi, Isabelle Câmara, foi quem representou a startup pernambucana no encontro da Confederação Empresarial de Mulheres do BRICS+ (BWA).
Foto: BRICS WBA.
Foi uma oportunidade de internacionalizar o nosso projeto e mostrar que a universidade é importante para o desenvolvimento de tecnologias para a sociedade.
Isabelle Câmara, CEO e sócia fundadora da Pluvi.
Segundo ela, a experiência em Moscou mostrou porquê as mulheres se apoiam e no mundo dos negócios não é dissemelhante. “Nós precisamos ter mais reconhecimento porque o mundo dos negócios é majoritariamente masculino. Conheci mulheres que desenvolvem projetos inspiradores que, assim, porquê o nosso, podem ter um impacto global”, enfatizou.
Para se transformar em um negócio de base tecnológica, a Pluvi contou com o espeque do programa Catalisa ICT do Sebrae em 2021 e logo depois foi incubada pela UFPE. A empresa está finalizando a instalação de 90 sistemas de captação de chuva pluvial na comunidade Cocuruto da Telha, no Bairro do Passarinho, localizado em uma superfície de risco na capital pernambucana.
De entendimento com a CEO da Pluvi, a startup também vai iniciar um projeto de ressarcimento ambiental de empresas em Belém (PA), em parceria com a Universidade Federalista do Pará (UFPA), que será uma vitrine para a COP 30 no ano que vem.
“Entendemos que a chuva da chuva é nossa novidade matriz hídrica do mesmo jeito que o uso de painéis solares e robustez eólica são a novidade matriz energética. Podemos levar provimento de qualidade para pessoas em áreas urbanas, porquê já é feito no semiárido, complementando o provimento”, explicou.