Guerra de trova entre ouvintes e surdos, discussão sobre audiolivros para cegos e oficina com catadoras são algumas das ações inclusivas previstas para a Morada Sebrae durante a Feira Internacional do Livro de Paraty (Flip) 2024. O espaço está acessível para a população até o próximo domingo (13) e tem a proposta de fabricar um envolvente afetivo, além de receber palestras, saraus, experiências gastronômicas e ser um hub para os pequenos negócios e para o segmento da literatura.
Na quinta-feira (10), à tarde, a Morada Sebrae recebe a Performance do Slam do Corpo, com uma guerra de poesias com participantes surdos e ouvintes. O projeto nasceu do libido de testar performances poéticas em uma formação entre a língua portuguesa e a língua brasileira de sinais.
Já voltada para as pessoas com deficiência visual, a Supersônica Livros, editora de audiolivros, participará de palestra na sexta-feira (11). A empresa foi idealizada a partir de uma premência pessoal de Maria Carvalhosa, que ficou cega aos 13 anos, mas nunca desistiu de sua paixão pela leitura.
Mais duas oficinas abordam a inclusão na Morada Sebrae. A “Narrativas Subterrâneas”, no sábado (12), será um laboratório de experimentação e fomento à frase e à escrita das memórias de mulheres quilombolas da comunidade de Cordoaria, localizada em Camaçari (BA). Por sua vez, todos os dias pela manhã, o projeto “Dulcinéia Catadora” vai reunir reciclagem e autoliteratura para empoderar pessoas por meio da narração de suas próprias histórias. O projeto foi iniciado em 2007 e funciona em uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis em São Paulo.