Para comemorar os 30 anos do programa Conexões Corporativas, que incentiva o gavinha entre grandes e pequenas empresas, representantes das unidades estaduais do Sebrae estão reunidos nesta quarta (9) e quinta-feira (10), em São Paulo (SP), revendo os propósitos da iniciativa e refletindo sobre perspectivas e desafios futuros, ao lado de executivos de grandes empresas parceiras.
Lançado em 1994, a partir de um projeto do Sebrae para a capacitação de fornecedores, o programa se consolidou ao longo das últimas três décadas uma vez que um conjunto de ações estratégicas para melhorar o desempenho no mercado de pequenos e médios negócios, de forma a conectá-los a grandes empresas e gerar cadeias de valor.
Com cinco frentes de atuação – Sucessão Produtivo, Inovação Oportunidade, Modelagem (aumento de performance), Conexão Do dedo e Fórum Encadear (experiências) –, o Conexões Corporativas já beneficiou milhares de projetos, gerando oportunidades para pequenas e médias empresas.
Renato Perlingeiro, coordenador da Estratégia de Conexões Corporativas e Indústria do Sebrae Pátrio. Foto: Túlio Vidal.
“O Sebrae prepara os pequenos negócios para se diferenciarem nas cadeias de valor, captando as dores do mercado e convertendo em resultados”, comentou Renato Perlingeiro, coordenador da Estratégia de Conexões Corporativas e Indústria do Sebrae Pátrio, destacando os robustos indicadores do programa.
Em 30 anos, foram contabilizados R$ 398 milhões investidos, gerando mais de R$ 10,1 bi em negócios; mais de 1,6 milhões de empresários impactados no meio do dedo; e mais de 141 milénio pequenos negócios atendidos, totalizando a participação de 541 grandes empresas parceiras e 780 iniciativas em 25 Unidades da Federação.
“Para cada real investido, R$ 25 foram gerados em negócios”, explicou Perlingeiro sobre o efeito 1/25 do programa. Entre os fatores de sucesso, segundo ele, está o relacionamento estratégico que o Sebrae estabelece entre clientes e mercados, conectando competitividade, inovação e sustentabilidade com foco na entrega de valor.
Melhores práticas
Aurora, Petrobras, Renner, Raízen, Natureza, Bunge, BRK, Direcional são algumas das corporações com as quais o Sebrae construiu pontes, fomentando a integração produtiva com pequenos e médios negócios.
Exemplo prático dessa conexão é a priorização de fornecedores regionais no catálogo de suprimentos de bens e serviços pelas grandes empresas. Com o base do Sebrae, pequenas e médias empresas adotam melhores práticas e se integram na cárcere de valor.
Para tal, é necessária uma atuação empresarial responsável, que ligeiro em conta o tripé ASG – Ambiental, Social e Governança, considerado fundamental para integrar redes de negócios sustentáveis.
Márcio Pereira, gerente da dimensão de responsabilidade social da Petrobras, fala sobre ações ASG durante o evento. Foto: Túlio Vidal.
“Ações ASG nos conectam, Petrobras e Sebrae, por meio de nossos valores”, afirmou Márcio Pereira, gerente da dimensão de responsabilidade social da Petrobras. Segundo ele, compras locais ou regionais estão no topo das atuações sociais que uma corporação deve desenvolver. “Valorizamos competitividade, ou seja, o preço, e qualidade, e o Sebrae entra na melhoria do fornecimento dos bens.”
Representando a indústria de mineração, o ex-deputado federalista e ex-ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, diretor-presidente do Instituto Brasiliano de Mineração (IBRAM), ressaltou o importante papel do Sebrae para gabar o nível de conscientização quanto à taxa ambiental na governança das empresas. “Informação e inovação sobre uma vez que respeitar o meio envolvente trarão um enorme progressão ao nosso país”, declarou.