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MEC avalia proibição de celulares em escolas; especialistas discutem impacto da medida

Em meio a discussões globais sobre o uso de tecnologia nas salas de lição, o Ministério da Instrução (MEC) planeja um projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas.

Especialistas divergem sobre a eficiência da medida, enfatizando a urgência de ações complementares que envolvam a instrução dos pais e o ensino do uso responsável da tecnologia.

A proposta de lei do MEC, que deve ser revelada em outubro, procura proporcionar segurança jurídica para estados e municípios que já debatiam o tema de maneira independente.

Segundo o órgão, a regulamentação traria um parâmetro único para todas as instituições de ensino, promovendo uma gestão mais padronizada sobre o uso de dispositivos móveis. A proposta surge posteriormente o relatório da Unesco de julho, que sugere a proibição de celulares em ambientes escolares, seguindo o exemplo de países uma vez que França, EUA, Finlândia, China e Portugal.

A recomendação da Unesco baseia-se na constatação de que o uso excessivo de dispositivos móveis por alunos pode prejudicar o processo de aprendizagem, além de gerar distrações e aumentar condições relacionadas à saúde mental, uma vez que sofreguidão e dificuldade de concentração.

O relatório também aponta que vários países já implementaram restrições ao uso de celulares em sala de lição. Na França, desde 2018, estudantes de até 15 anos estão proibidos de usar esses dispositivos, e na Holanda, desde janeiro de 2023, os celulares são vetados, exceto quando o uso está diretamente relacionado ao teor pedagógico.

Debate sobre o impacto da proibição

O Pós PhD em Neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que há anos alerta sobre o impacto negativo do uso indiscriminado de celulares, é um dos especialistas que defende a medida.

Segundo ele, a proibição de celulares em sala de lição é um “grande passo” para melhorar a concentração e reduzir os casos de sofreguidão entre os estudantes.

Abreu Agrela, no entanto, acredita que só proibir os dispositivos não será suficiente. Para ele, é principal que pais e alunos também sejam educados sobre o uso correto da tecnologia. “Os dispositivos estão presentes na maior secção do nosso dia a dia, mas nunca aprendemos sobre o uso responsável deles”, alerta o neurocientista.

Ele explica que, embora a proibição de celulares possa ajudar a reduzir distrações durante as aulas, se o uso excessivo continuar em lar, os benefícios da medida serão limitados. “De zero adianta proibir nas escolas e os alunos usarem os dispositivos o tempo todo quando estão fora delas”, afirma.

Assim, ele propõe que o ensino do uso responsável da tecnologia seja inserido no currículo escolar, permitindo que os estudantes desenvolvam uma relação mais equilibrada com os aparelhos.

Medidas complementares e contexto global

Em traço com as observações de Abreu Agrela, outros especialistas sugerem que a abordagem deve ser mais ampla. O foco não deve ser exclusivamente impedir o uso de celulares, mas também desenvolver competências tecnológicas nos estudantes.

Em muitos países, uma vez que na China e na Finlândia, as leis que restringem o uso de celulares vêm acompanhadas de programas educativos que ensinam os jovens a utilizarem a tecnologia de forma produtiva e controlada. Outrossim, muitos educadores defendem que o celular, quando muito utilizado, pode ser uma utensílio poderosa para o aprendizagem, oferecendo entrada a informações e recursos pedagógicos inovadores.

Na China, por exemplo, os celulares foram proibidos nas escolas desde 2021, mas os pais podem solicitar permissão próprio para que os filhos levem os aparelhos quando necessário.

A medida está associada a um esforço maior do governo chinês em controlar o tempo que os jovens passam conectados a dispositivos eletrônicos, com a preocupação crescente sobre os efeitos na saúde mental e física.

Da mesma forma, na Finlândia, onde o uso de celulares é cada vez mais controlado nas escolas, cidades inteiras já implementaram medidas locais contra o uso excessivo de dispositivos, ao mesmo tempo em que o governo trabalha na formulação de uma lei vernáculo sobre o tema.

Desafios e perspectivas para o Brasil

No Brasil, o duelo da implementação de uma medida uma vez que essa é grande, principalmente em um contexto onde o entrada à tecnologia é desigual. Para alguns alunos, o celular pode ser a única utensílio disponível para acessar a internet e realizar pesquisas. Outrossim, a infraestrutura das escolas nem sempre permite o uso de alternativas tecnológicas, o que levanta a questão sobre uma vez que prometer que os estudantes tenham entrada às informações necessárias para o aprendizagem sem depender do uso dos dispositivos móveis.

Enquanto o MEC finaliza os detalhes do projeto de lei, o debate sobre o impacto do uso de celulares nas escolas continua. A medida proposta, se aprovada, poderá transformar a dinâmica das salas de lição, mas sua eficiência dependerá de um conjunto de ações complementares, uma vez que a instrução sobre o uso responsável da tecnologia e o envolvimento ativo das famílias no processo de conscientização.

Para muitos especialistas, a proibição por si só é exclusivamente o início de uma mudança necessária no modo uma vez que a sociedade lida com a tecnologia.

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O post MEC avalia proibição de celulares em escolas; especialistas discutem impacto da medida aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza