Uma voga autoral imersa no mundo dos aratus, mangabas, rendas e arte popular. Um mundo distante, até mesmo para quem vive nele: o mundo Sergipe. Em seguida uma visitante ao ateliê da loja Severinas, é essa a sentimento que fica sobre o trabalho de Rafaela Castro, proprietária da marca – a grande nascente de inspiração da estilista e historiadora é o nosso estado.
Rafaela era professora de História e, em paralelo, vendia roupas de diversas marcas que comprava no Rio de Janeiro para complementar a renda – “era sacoleira”, conta. Em 2015, foi demitida da escola em que trabalhava e o ponta uma vez que vendedora virou sua única nascente de renda. Resolveu logo que iria investir todo o seu esforço nesse ramo, fazendo pela internet o seu registro de Microempreendedora Individual (MEI), o que veio no horizonte a prometer, inclusive, uma licença maternidade quando teve seu rebento Francisco.
Com um bebê nos braços, o modo uma vez que eu conduzia minha lojinha de roupas multimarcas já não fazia mais sentido. Eu queria um propósito para seguir, queria me identificar nas roupas que eu fazia, imprimir minhas paixões e identidade. Desta inquietação nasceu o que hoje chamo da minha segunda filha, a caçula, Severinas. Minhas peças refletem minhas alegrias, minhas tristezas, minhas conquistas.
Rafaela Castro, proprietária da marca Severinas
E assim ela cuidou do seu sustento e do seu rebento até que, em 2018, criou a Severinas. Até que veio a pandemia de Covid-19 e a verdade dos trabalhos e das vidas foi completamente transformada por uma situação que não tinha data para rematar. Rafaela foi duramente afetada por essa ensejo, foi diagnosticada com burnout e transtorno de sofreguidão e se viu frente a uma questão que atingiu muitos MEIs nesse tempo: o que fazer do horizonte?
Foi logo que ela resolveu ir até o Sebrae já com o projecto de fechar o seu MEI, e, passando por alguns setores, “de mesa em mesa sendo atendida por pessoas muito dedicadas”, parou no lugar onde mais se identificou. A crítico Lara Brito atendeu Rafaela, escutou suas necessidades, conheceu o seu trabalho e sugeriu que ela se juntasse ao stand do Sebrae na Dragão Fashion Brasil Festival, em Fortaleza, o maior evento de voga autoral da América Latina.
Nesse momento a empreendedora viu que poderia ir além do que estava fazendo e pensar sem bloqueios no incremento da sua marca, aliando seu conhecimento e sua formação ao seu paixão pela cultura do estado. De conformidade com ela, “o base do Sebrae foi um divisor de águas”.
“Eu fazia atendimento de artesanato na era em que recebi Rafaela. Ela me mostrou o seu catálogo de voga praia com renda irlandesa e, uma vez que trabalhei na indicação geográfica da renda irlandesa, reconheci aquele potencial. Mas ela ia desistir, falava que estava desestimulada e sem clientes. Logo, convidei sua marca para imaginar o espaço do Sebrae no Dragão Fashion e lá ela se reconectou com seus objetivos. Contou que voltou mais animada e disposta a fazer dar patente, indiquei editais e enxerguei o potencial de inovação no trabalho que ela realiza. Hoje fico muito feliz por ela não ter desistido e ter evoluído com sua marca, pois realiza um trabalho muito bom”, declarou Lara.
O infinito sarapintado
A história da Severinas com o Sebrae já seria muito lítico se parasse por cá, mas ela vai além. Em 2022, a marca foi inscrita no edital Startup Nordeste e, ao passar para a segunda tempo do processo, teve chegada a mentorias para trabalhar melhor a sua empresa. No ano seguinte, participou do edital de Economia Criativa, o qual venceu com o projeto de uma coleção intitulada “Infinito Variegado de Véio”.
Padrão veste coleção Infinito Variegado de Véio. Foto: divulgação
“Trata-se de um edital que abrimos em 2023, para fomento à economia criativa, que distribuiu um valor totalidade de R$500 milénio. A Severinas foi uma das ganhadoras e, com o numerário que recebeu, produziu a estampa sobre Véio. Toda a produção dessa coleção foi desenvolvida com recursos do Sebrae, até mesmo a sentimento da estampa”, explicou Bianca Faria, gestora da dimensão de Economia Criativa do Sebrae.
A coleção tinha uma vez que base o trabalho artístico de Véio, estatuário do sertão sergipano e doutor honoris motivo pela Universidade Federalista de Sergipe, de quem as obras estão à venda em várias galerias do país e já levou exposições para Veneza e Paris. As estampas marcantes das roupas em viscose foram todas desenhadas por Breno Loeser, outro artista sergipano. Ao vencer o edital, Rafaela recebeu R$20 milénio para materializar a seu projeto e o resultado foi um grande sucesso. A coleção ficou conhecida, foi muito vendida (ainda é!) e é usada por artistas locais e até de sucesso pátrio, uma vez que Nando Reis e Saulo Fernandes.
As outras coleções da Severinas também têm uma vez que identidade as estampas marcantes e receberam nomes muito característicos. A “Sagrado Feminino” traz imagens de santas e parteiras; em “Fulora”, a estilista se inspirou na vegetação do litoral sergipano; Na “Andada”, os tecidos são ilustrados com pequenos caranguejos e aratus. Além das roupas, a Severinas continua trabalhando com a produção de biquínis.
O presente e o horizonte
Rafaela continua com o sonho de levar a cultura sergipana para todos os cantos, “vender Sergipe”. Em agosto deste ano esteve em um evento no Rio Grande do Setentrião, realizado pela Filial Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e bem pelo Sebrae/RN, sobre transacção exterior. Lá desfilou uma coleção de biquinis inspirada em Xingó, com detalhes em renda irlandesa e carrancas, e participou de rodadas de negócios sobre voga praia para exportação.
Quando perguntada sobre a verdade da mulher empreendedora, Rafaela é categórica ao declarar que é um mercado muito difícil e desigual “para a mulher, e mais ainda para uma mãe empreendedora”. Mas também se vê realizada com as suas conquistas e o lugar em que se encontra atualmente no mercado sergipano.
A minha dica para quem quer empreender é: não acredite em receita de bolo, em soluções fáceis. Todas as nossas conquistas são realizadas com base em trabalho duro e propósito para se manter nessa estrada. Uma outra dica que deixo cá é: sempre que puder, invista em conhecimento, principalmente, para mourejar com áreas de trabalho que você não domina, seja ela o administrativo, financeiro, segmento criativa, de marketing. Ninguém domina tudo por completo.
Rafaela Castro, proprietária da marca Severinas
Para isso, o Sebrae está de portas abertas com cursos, consultorias e as mais diversas soluções para qualquer que seja a dimensão do pequeno negócio ou do MEI. Assim uma vez que Rafaela, é provável receber instruções no setor de atendimento, participar de editais e comprar mais conhecimento sobre o seu ramo de atuação.
Esta reportagem é segmento de uma série planejada para dar visibilidade ao projetos sergipanos que contam com o base do Sebrae. Para mais, acompanhe a Filial Sebrae de Notícias e o instagram @sebraesergipe.